Brasil: um mero exportador de commodities? (Foto: Divulgação) |
Marcus Eduardo de Oliveira
Até o fim de 2014 poderá ser selado um acordo de livre-comércio entre Estados Unidos e União Européia envolvendo quase metade do PIB global e um terço do comércio mundial.
Essa negociação entre europeus e americanos começou no início deste ano. Se confirmada, teremos um novo desenho da economia global.
O Brasil será afetado por isso, podendo perder até 2,1% de seu PIB per capita em decorrência de queda nas exportações.
Somente para os EUA nossa perda será de 30% das vendas. Entre os países do BRICS, a perda brasileira no comércio mundial poderá ser semelhante a da Rússia (2,1%) e menor que a África do Sul (3,2%). Já a Índia perderia 1,7%, enquanto a China, 0,4%.
As quatro economias que mais perderão caso o acordo se torne de fato uma realidade, por ordem são: Canadá (9,5%), Austrália (7,4%), México (7,2%) e o Japão (4,9%).
A consolidação desse acordo, evidenciando que o mundo caminha para o fim das tarifas, pode, aos poucos, representar um isolamento do Brasil no cenário do comercial mundial.
A esse respeito, é oportuna a interpretação feita por Rubens Barbosa, ex-embaixador brasileiro nos Estados Unidos, ao jornal Brasil Econômico: "O Brasil dormiu no ponto, ficou isolado no mundo e agora vai ter que correr atrás do prejuízo se não quiser restringir os manufaturados ao mercado interno e exportar apenas alguns produtos agrícolas".
A hora é de reagirmos e tentar consolidar o quanto antes aquilo que a indústria nacional mais tem defendido: um acordo de livre-comércio com os EUA, caso contrário, estaremos fadados a nos tornar um mero exportador de commodities.
Essa negociação entre europeus e americanos começou no início deste ano. Se confirmada, teremos um novo desenho da economia global.
O Brasil será afetado por isso, podendo perder até 2,1% de seu PIB per capita em decorrência de queda nas exportações.
Somente para os EUA nossa perda será de 30% das vendas. Entre os países do BRICS, a perda brasileira no comércio mundial poderá ser semelhante a da Rússia (2,1%) e menor que a África do Sul (3,2%). Já a Índia perderia 1,7%, enquanto a China, 0,4%.
As quatro economias que mais perderão caso o acordo se torne de fato uma realidade, por ordem são: Canadá (9,5%), Austrália (7,4%), México (7,2%) e o Japão (4,9%).
A consolidação desse acordo, evidenciando que o mundo caminha para o fim das tarifas, pode, aos poucos, representar um isolamento do Brasil no cenário do comercial mundial.
A esse respeito, é oportuna a interpretação feita por Rubens Barbosa, ex-embaixador brasileiro nos Estados Unidos, ao jornal Brasil Econômico: "O Brasil dormiu no ponto, ficou isolado no mundo e agora vai ter que correr atrás do prejuízo se não quiser restringir os manufaturados ao mercado interno e exportar apenas alguns produtos agrícolas".
A hora é de reagirmos e tentar consolidar o quanto antes aquilo que a indústria nacional mais tem defendido: um acordo de livre-comércio com os EUA, caso contrário, estaremos fadados a nos tornar um mero exportador de commodities.
Marcus Eduardo de Oliveira é economista e professor de economia da FAC-FITO e do UNIFIEO, em São Paulo. prof.marcuseduardo@bol.com.br
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