Rocha presa em fenda é o ponto alto de trilha na Noruega.
Internauta também destaca as paisagens da região como atração.
“Você é maluco? E se você escorrega? E se bate um vento?” Essas foram as primeiras perguntas que passaram pela cabeça do geólogo Bruno Schindler Sampaio Rocha antes de passar pela KjeragBolten, uma pedra fixada apenas por uma “fenda” a mais de mil metros de altura no pico de Kjerag, na Noruega. Para não desistir, ele resolveu trocar os questionamentos: “E se da próxima vez tiver chovendo ou ventando? E se eu não voltar para Lysefjorden ou ate mesmo para a Noruega? Ou se voltar e não tiver mais condições físicas e psicológicas para fazer isso?”
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Deu certo. O leitor, que tem 24 anos e é de Salvador, decidiu encarar o desafio e conta que não se arrepende. “Nenhuma onda surfada até agora ou pulo de paraquedas que tenha uma sensação semelhante a essa foi capaz de me trazer tamanho misto de satisfação e medo, mesmo parado e em pé, o que soa muito normal para qualquer um. Mas não é todo dia que você fica em pé em um rochedo como esse, de formato oval, onde sua área de apoio é curva e tem menos de 1 metro quadrado”, descreve Bruno.
A viagem foi feita em julho. O leitor ficou hospedado na casa de um amigo que mora na cidade de Sandness. Para chegar a Lysefjorden, foram de a cidade de Stavenger e fizeram a travessia de ferryboat.
A viagem foi feita em julho. O leitor ficou hospedado na casa de um amigo que mora na cidade de Sandness. Para chegar a Lysefjorden, foram de a cidade de Stavenger e fizeram a travessia de ferryboat.
Para quem quiser conferir a sensação de enfrentar a KjeragBolten, Bruno aconselha: “se tiver dúvida, não vá”. Segundo o leitor, o “controle psicológico” é muito importante para evitar descuidos. “Após responder a todas essas perguntas, mesmo seguro, com os ‘pés no chão’ e frio na barriga, você agradece por ter feito a escolha certa e ter ido ate lá. Mas medidas como observar algumas pessoas fazendo o mesmo trajeto antes são indispensáveis para te dar um empurrãozinho - no bom sentido, é claro!”
Bruno conta que “a trilha para chegar até o local é bastante cansativa e íngreme, com subidas de até 200 metros seguidas de decidas que passam a impressão de voltar à altitude do ponto de partida em altitude”. “A vista é maravilhosa, com ovelhas pelo caminho. O dia estava quente, com temperatura de 27°C. Porém, mais perto do topo, ainda se pode ver neve na beirada de pequenos lagos – nos quais os bem aventurados param para tomar um banho revigorante.”
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