quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Especial "O que é o Consistório": situação atual


Estamos chegando ao final desse especial sobre o consistório. No primeiro texto foi visto que o consistório, em poucas palavras, é a reunião do Papa com os seus conselheiros, os cardeais. No segundo texto se aprofundou um pouco mais na figura do cardeal, percebendo a sua proximidade com o Papa no seu papel de governo da Igreja de Cristo. No texto anterior os símbolos e as vestes vermelhas dos cardeais nos ensinaram sua disposição de testemunhar fielmente a fé até o derramamento de sangue se necessário. 
Hoje vamos dar uma olhada geral na situação do colégio de cardeais no mundo e no Brasil. Quem são os príncipes da Igreja que atualmente colaboram com o Santo Padre? Quantos são? De onde vêm? Quantos são brasileiros? É realmente importante saber quem são?
 
Cardeais eleitores são aqueles aptos a participar na votação de um novo Papa em um eventual conclave. A partir dos 80 anos os cardeais já não participam na votação.
O Papa Pio XII, em um discurso a novos cardeais de 1946, disse que: « Os fiéis, e mais propriamente os leigos, encontram-se na linha mais avançada da vida da Igreja; para eles, a Igreja é o princípio vital da sociedade humana. Por isso, eles, e sobretudo eles, devem ter uma consciência cada vez mais clara, não só de pertencerem à Igreja, mas de ser a Igreja, isto é, a comunidade dos fiéis sobre a terra sob a guia do Chefe comum, o Papa, e dos Bispos em comunhão com ele.».
Nós, os leigos, não só fazemos parte da Igreja, mas somos Igreja. Para reforçar a importância desse assunto, João Paulo segundo citou esse mesmo parágrafo quase 40 anos depois, em um documento chamado Christifideles Laici. E porque somos Igreja, devemos buscar estar informados sobre a vida da mesma. É importante saber quem são os pastores que nos guiam na Barca de Pedro, porque uma ovelha conhece a voz do seu pastor (Jo 10, 14) e não segue a pastores estranhos (Jo 10, 5).
Com essa reflexão na cabeça, passemos agora aos dados concretos. No Colégio Cardinalício atual estão representados os 5 Continentes com 65 Países, dos quais 47 têm Cardeais eleitores. Em total existem 199 cardeais, sendo que 106 deles têm menos de 80 anos e podem eleger um novo Papa. Segundo o documento "Universi Dominici Gregis", de 22 de fevereiro de 1996, “o número máximo de Cardeais eleitores não deve superar os cento e vinte.”

Vemos então que existem 14 vagas para cardeais eleitores. O Papa Francisco vai criar no próximo consistório 16 cardeais eleitores e 3 não eleitores. O número passaria então a 122 eleitores porém, esse ano, 10 cardeais cumprem 80 anos e o número cai para 112 eleitores.
De todos os países, o que possui maior número de cardeais e de cardeais eleitores é a Itália, que possui 46 cardeais, sendo 25 eleitores.
Arte de: Diego Simari/ A12.com
O Brasil é o país que possui mais cardeais na América Latina, existem 9 cardeais, dos quais 4 são eleitores. Os atuais cardeais eleitores do nosso país são: Dom Raymundo Damasceno Assis, Dom Cláudio Hummes, Dom João Braz De Aviz e Dom Odilo Pedro Scherer. Esse número está prestes a subir com a criação de Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro. Além deles, completam a lista de cardeais brasileiros: Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Serafim Fernandes de Araújo, Dom José Falcão Freire, Dom Eusébio Oscar Scheid e Dom Geraldo Majella Agnelo.
Arte de: Diego Simari/ A12.com
Com cinco cardeais eleitores, o Brasil se igualará a Alemanha, Espanha e Índia. Os únicos países que possuem mais de 5 eleitores são Itália e Estados Unidos.
Dom Orani João Tempesta possui 63 anos, é natural de São José do Rio Pardo (SP), pertence a Ordem dos Cistercienses, na qual fez profissão perpétua em 1969, e assumiu a Arquidiocese do Rio de Janeiro em 2009.
Que conhecendo um pouco melhor nossos pastores, possamos nos aderir aos seus ensinamentos, participar melhor na vida da Igreja Católica e, sobretudo, crescer mais no amor a Deus e no desejo de anunciar esse Amor a todas as pessoas que no mundo estão longe d'Ele. Não nos esqueçamos de rezar por cada um dos cardeais, por sua santidade e para que estejam sempre abertos ao Espírito Santo, para que os ilumine na sua tarefa de ajudar o Papa no governo da Igreja.
A12.com

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Líder preso pede que protestos continuem

López fez um chamado para que os manifestantes continuem lutando pelo fim do governo socialista.
Líder discursa para apoiadores antes de se entregar.
Por Tomas Sarmiento e Andrew Cawthorne
Leopoldo López, líder preso dos protestos contra o governo da Venezuela, fez um chamado para que os manifestantes continuem lutando pelo fim do governo socialista, mesmo com a previsão de que ele comparecerá a um tribunal nesta quarta-feira por causa da acusação de provocar distúrbios que já mataram quatro pessoas pelo menos.
López, economista de 42 anos formado em Harvard, se entregou às forças de segurança na terça-feira, depois de liderar três semanas de protestos na Venezuela, manifestações que se tornaram o maior desafio já enfrentado pelo presidente Nicolás Maduro.
"Hoje, mais do que nunca, a nossa causa tem de ser a saída desse governo", afirmou López, sentado ao lado da mulher, num vídeo feito para ser divulgado se ele fosse preso.
"A saída desse desastre, a saída desse grupo de pessoas que sequestraram o futuro dos venezuelanos está nas suas mãos. Vamos lutar", disse.
Quatro pessoas já morreram durante as manifestações. Três foram mortas a tiros, e a quarta pessoa foi atropelada durante um protesto. Houve vários presos e feridos.
Muitos moradores de Caracas fizeram barulho batendo em panelas durante a noite como forma de protesto.
Estudantes bloquearam uma via expressa de Caracas na manhã desta quarta, segundo testemunhas. Policiais e manifestantes entraram em confronto no oeste do país.
Os manifestantes pedem a renúncia de Maduro devido a problemas que vão de inflação à criminalidade, de corrupção à falta de produtos.
"Não aguentamos mais isso. A decisão de Leopoldo de se entregar está simplesmente mexendo com o país ainda mais", declarou a estudante Maria Gabriela Guerrero, de 24 anos, que junto com algumas dezenas de manifestantes permanecia do lado de fora do tribunal aonde López deveria ser levado.
O presidente Maduro, que venceu de forma apertada as eleições do ano passado para a escolha do sucessor de Hugo Chávez, morto por conta de um câncer, afirmou que López e outros alinhados com os Estados Unidos buscam um golpe contra ele.
Em 2002, protestos de ruas antecederam a queda e a saída por 36 horas de Chávez da Presidência, mas ele voltou ao poder apoiado por militares leais e pelos seus simpatizantes.
Apesar de dezenas de milhares terem apoiado López nas ruas quando ele se entregou na terça, os protestos até agora têm sido bem menores do que os da década passada.
Não há evidências de que os militares possam se voltar contra Maduro.
Reuters

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