quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Papa se aborrece com falsa notícia na Argentina


Francisco desmente, aborrecido, falsas notícias divulgadas pela imprensa argentina. A primeira página de vários jornais argentinos indicava, no domingo, que o papa Francisco, preocupado com a situação atual que o país sul-americano está atravessando, teria convocado uma reunião com representantes do governo, empresários e sindicatos para o próximo dia 19 de março.

Participariam do encontro o ministro do Trabalho, Carlos Tomada, o presidente da Confederação Industrial (UIA), Héctor Méndez, e seu vice-presidente Daniel Funes, além do secretário-geral do Sindicato da Construção, Gerardo Martínez, também membro do conselho diretor da Organização Internacional do Trabalho. 

Contudo, como indicou em uma entrevista a jornalista amiga de Bergoglio, Alicia Barrios, o papa não teria convocado reunião alguma. A jornalista do La Crónica recebeu, no domingo, um telefonema do papa, que queria parabenizá-la por seu aniversário. "Quando ouvi sua voz: ´Olá, Alicia, feliz aniversário´, disse-lhe: ‘Sabia que ia me ligar’. De imediato, com o senso de humor que lhe é característico, o padre Jorge acrescentou: ‘Completas 33 ou 36?’ Respondi-lhe: ‘A idade de Cristo, uns 12 a menos que você’. Entre risos, como sempre, o Papa Francisco telefonou de Roma para me saudar". 

A jornalista aproveitou o estreito vínculo que a une a Jorge Mario Bergoglio há cerca de 25 anos e perguntou sobre a suposta reunião: “Jorge, viste a capa dos jornais?”; “Não, acabo de levantar-me da sesta. Leia-me, o que aconteceu?”, respondeu o papa. “Diz que convocaste uma reunião para o dia 19 de março por conta da crise”, explicou a jornalista: “Não, isso não é verdade. É um disparate”, indicou o Pontífice, em cuja agenda, há, efetivamente, dois encontros com argentinos no dia 19 de março: um, com o presidente do Sindicato de Mecânicos e Afins do Transporte Automotivo (Smata), Ricardo Pignanelli, e o outro com José María del Corral, especialista em educação, diretor do Colégio São Martinho de Tours e um dos dois encarregados escolhidos pelo próprio Francisco para dirigir seu projeto da Rede Mundial de Escolas, um programa para conectar de maneira virtual diferentes instituições educativas do mundo. 

Nenhuma reunião convocada por Francisco para mediar a crise argentina, assim como tampouco nenhum “contato telefônico” com a presidenta do país, Cristina Fernández, segundo indicaram as fontes do jornal La Nación. O próprio Ricardo Pignanelli, em entrevista à rádio La Red, indicou: “Não vou ver o papa para solicitar uma intervenção sua. Isso é um disparate”.
Vatican Insider, 10-09-2014.

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