quarta-feira, 5 de março de 2014

EUA usam Ucrânia para fazer pressão

EUA oferecem ajuda financeira, mas quer reformas no FMI

Por Anna Yukhananov
Os Estados Unidos buscaram nesta terça-feira (04) usar a crise na Ucrânia como um argumento em seus esforços de convencer o Congresso a aprovar uma medida, há muito perseguida, que aumenta o poder financeiro do Fundo Monetário Internacional.
O secretário do Tesouro Jack Lew disse que a Ucrânia seria capaz de tomar mais dinheiro emprestado e evitar um calote se os parlamentares norte-americanos aprovarem a medida, que dobraria os recursos do FMI e daria acesso a países em crise a um fundo maior de ajuda em potencial.
O governo Obama incluiu nesta terça-feira um pedido de alteração no financiamento do FMI dentro da proposta de orçamento do presidente para o ano fiscal de 2015, que começa no dia 1º de outubro.
O governo vem pressionando o Congresso, há cerca de um ano, para que aprove uma realocação de cerca de 63 bilhões de dólares de um fundo de crise do FMI para suas contas gerais, para assim manter a influência de Washintgon no banco mundial, e para cumprir um compromisso internacional assumido em 2010.
"Estamos trabalhando com o Congresso para aprovar a legislação de cotas de 2010 do FMI, que sustentaria a capacidade do FMI de emprestar recursos adicionais à Ucrânia e ao mesmo tempo ajudaria a preservar a continua liderança dos EUA nesta importante instituição", disse Lew em um comunicado nesta terça-feira.
O Congresso deve aprovar o orçamento do FMI para completar as reformas de 2010, que dão mais voz aos mercados emergentes.
A reforma das ações com direito a voto do FMI, conhecidas como cotas, não podem continuar sem os Estados Unidos, que controlam a unica fatia majoritária dos votos na instituição.
Reuters

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