Academia das Ciências de Lisboa homenageia beato português
Lisboa, 09 mai 2014 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga considerou, esta quinta-feira, em Lisboa, o beato Bartolomeu dos Mártires como um dos “insignes santos” da história da Igreja e coloca a hipótese de uma “canonização equivalente”.
Na sessão comemorativa do 5º centenário do nascimento de frei Bartolomeu dos Mártires, realizada na Academia das Ciências de Lisboa, D. Jorge Ortiga disse à Agência ECCLESIA que o homenageado viveu numa época em que a Igreja “experimentava uma situação de crise profunda”, mas “não teve medo dela e enfrentou-a”.
O beato Frei Bartolomeu nasceu em Lisboa, em 1514, na freguesia de Nossa Senhora dos Mártires - entrou na Ordem Dominicana em 1528 – teve um papel fundamental para “o rejuvenescimento da Igreja, tanto em Portugal como no exterior”, sublinhou.
Frei Bartolomeu dos Mártires foi professor nos Conventos de S. Domingos de Benfica, Batalha e Évora e, finalmente, Arcebispo de Braga (1559-1582), numa época onde “começam a aparecer as primeiras ideias que mais tarde se concretizam no liberalismo e no espírito da revolução francesa”, refere D. Jorge Ortiga.
“Ele deu um grande contributo para ultrapassar as chagas e os grandes problemas que existiam na época”, acrescentou.
As comemorações dos 500 anos de nascimento de frei Bartolomeu dos Mártires são “uma oportunidade e uma graça” para as quatros dioceses (Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança) que na altura integravam o território da arquidiocese de bracarense para “uma renovação”.
O beato que se encontra sepultado em Viana do Castelo, no Convento de S. Domingos, que ele próprio mandou construir e onde se recolheu até à sua morte em 16 de julho de 1590, foi beatificado em novembro de 2001 e, neste momento, a arquidiocese de Braga está a divulgar a obra e a pessoa para que ele “sendo conhecido, possam, por seu intermédio, ser invocadas graças” e, porventura, “acontecer o milagre”, salientou D. Jorge Ortiga.
A doutrina de frei Bartolomeu dos Mártires é “imensa”, tanto aquela que foi exposta “no Concílio de Trento”, como aquela que ele “ensinou enquanto professor e arcebispo”, revela.
As palavras de beato dominicano são “um luzeiro, cheio de actualidade” porque “quanto mais se conhece, mais admiração” se tem por ele, conclui.
LFS
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