Secretário-geral defende diálogo sobre direitos de casais de pessoas do mesmo sexo.
A Igreja católica do Brasil mostrou-se, na última quinta-feira (22), pela primeira vez a favor do respaldo legal das uniões de duas pessoas do mesmo sexo, como já acontece no país. Em meados de maio de 2013, a Justiça brasileira determinou que cartórios que celebram casamentos não podem rechaçar casais homossexuais que desejarem casar-se, embora o Congresso não tenha aprovado uma lei federal a este respeito.
“É necessário dialogar sobre os direitos da vida comum entre pessoas do mesmo sexo, que decidiram viver juntas. Elas necessitam de um amparo legal na sociedade”, disse o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Leonardo Steiner, em uma entrevista publicada na quinta-feira no portal do jornal O Globo.
Há um ano, a Igreja se opôs a uma decisão da Justiça brasileira de permitir que pessoas do mesmo sexo possam casar-se no cartório, como acontece com os casamentos civis heterossexuais no Brasil, o país com o maior número de católicos do mundo.
De acordo com o bispo, a Igreja está em constante mudança. “Ela não é a mesma através dos tempos. Tendo como força iluminadora de sua ação o Evangelho, a Igreja busca respostas para o tempo presente”, disse. “A Igreja sempre procura ler os sinais dos tempos, para ver o que se deve ou não mudar. As verdades da fé não mudam”, esclareceu.
Em meados de maio de 2013, a Justiça brasileira determinou que os cartórios que celebram casamentos não podem rechaçar casais homossexuais que desejarem casar-se, embora o Congresso não tenha aprovado uma lei federal a este respeito.
Religión Digital, 23-05-2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário