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Com Pe. Geovane Saraiva, no lançamento do último livro de Poesia - "Sonhos" - 16/09/2013 |
A indústria brasileira, ao longo dos últimos anos, vem perdendo posição ao se comparar com outros setores da economia, conforme dados do IBGE e das sucessivas atas do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. As taxas de crescimento da agropecuária e dos serviços mostram-se, de forma sistemática, superiores aquelas identificadas para o setor industrial. A situação é preocupante, pois o setor secundário é o mais dinâmico, envolvendo uma significativa cadeia produtiva, sendo responsável, portanto, pela absorção de elevado contingente de mão de obra. Dentro deste quadro de referência, destaca-se a crise no ramo automotivo.
Referindo-se ao mercado interno, o governo restabeleceu a alíquota do IPI, bem como vem promovendo sucessivas elevações na "Selic", que serve de balizamento para as taxas de juros do mercado, implicando, assim, na redução do crédito. Com relação ao mercado externo, pouco tempo atrás, o Brasil exportava veículos para os EUA, Europa, vários países da América Latina e, infelizmente, no momento, vende com dificuldades apenas para uma Argentina com problemas.
As autoridades portenhas restringiram substancialmente a liberação de dólares para importação. Dessa forma, com o mercado interno reduzido e o externo muito mais ainda, as condições da indústria automotiva são desfavoráveis, sem competitividade, colaborando bastante para o baixo crescimento da economia brasileira. É fundamental que se elabore de "forma participativa" um Plano Nacional Estratégico para a indústria, observando aspectos intra-regionais e globais.
*Integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, poeta, escritor, professor da UFC e ex-governador do Ceará
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