Já a produção total de óleo e gás da empresa, incluindo as operações no exterior, caiu 0,8%.
Por Roberto Samora e Jeb Blount
A produção de petróleo da Petrobras no Brasil subiu 0,6 por cento no primeiro trimestre contra igual período de 2013, aumentando os desafios da companhia para atingir seu objetivo de elevar a extração no país em 7,5 por cento em 2014.
Já a produção total de óleo e gás da empresa, incluindo as operações no exterior, caiu 0,8 por cento no acumulado de janeiro a março, para uma média de 2,531 milhões de barris de óleo equivalente por dia, contra 2,551 milhões de barris diários um ano antes, segundo cálculos da Reuters com base em números mensais publicados no site da Petrobras.
Considerando os números no Brasil e fora do país, foi o pior resultado para um primeiro trimestre desde 2009, quando a estatal produziu 2,497 milhões de barris de óleo equivalente por dia, em média.
Já a produção exclusiva de petróleo no Brasil somou 1,921 milhão de barris/dia em média no trimestre, contra 1,91 milhão de barris/dia no primeiro trimestre de 2013, à medida que novos poços de produção no pré-sal entram em operação. Em março, houve um crescimento de 4,3 por cento ante o mesmo mês de 2013.
A produção total no país e no exterior cresceu 0,6 por cento em março ante fevereiro e subiu 2,6 por cento na comparação com o volume extraído um ano antes.
A empresa não relatou detalhes sobre os volumes médios de produção trimestral. Procurada, a Petrobras não comentou imediatamente pedido da Reuters para mais informações.
A estatal divulga seu resultado referente ao primeiro trimestre dentro de uma semana, e os números de produção ganham importância no momento em que a empresa tem sido obrigada a importar petróleo e derivados para atender ao crescente mercado interno de combustíveis.
A companhia tem lidado com o declínio natural dos campos na Bacia de Campos, de onde extrai a maior parte do seu petróleo, tendo até mesmo implantado um programa de aumento da eficiência operacional na região. Além disso, a estatal sofre com paradas para manutenção de plataformas, o que acaba tendo impacto na produção.
Em comunicado sobre a produção de março, a Petrobras indicou que a extração no pré-sal, que teve novo recorde, mais do que compensou paradas para manutenção em unidades no Brasil, reafirmando sua previsão de elevar a produção no país em 7,5 por cento em 2014 ante 2013, conforme previsto no Plano de Negócios e Gestão 2014-2018, podendo variar 1 por cento para mais ou para menos, ao longo do ano.
"Ainda no mês de março a produção não foi maior devido às paradas de produção temporárias planejadas das seguintes unidades: FPSO Cidade de Angra dos Reis (Bacia de Santos), plataforma P-8 (Bacia de Campos), plataforma P-35 (Bacia de Campos), e FPSO Vitória (Bacia de Campos)", disse a estatal.
A empresa informou também que a plataforma P-20 ficou em manutenção durante março, tendo retomado sua operação em 7 de abril. A P-20 tem potencial de produção de cerca de 20 mil barris de petróleo/dia no Campo de Marlim, na Bacia de Campos.
A Petrobras disse que em 18 de abril teve um novo recorde diário no pré-sal, de 444 mil barris de óleo, superando o total verificado em um dia de março, de 420 mil barris.
Em relatório nesta sexta-feira, o Itaú BBA afirmou que a produção da Petrobras está pronta para começar a melhorar em abril. Analistas da instituição citaram a conexão do segundo poço no pré-sal em Sapinhoá, a produção da P-58 e a retomada da produção da P-20, entre outras unidades.
Reuters
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