Desde o fim da última Era Glacial, há 12 mil anos, a água vem batendo e dissolvendo a península de puro mármore na beira do lago.
A viagem do Globo Repórter começa no pedaço mais selvagem do Chile, um vasto território onde a natureza se agiganta. Geleiras milenares, montanhas de picos nevados, vales grandiosos, rios de águas cristalinas, lagos mais azuis do que o céu.
A região de Aysén, no coração da Patagônia, só agora começa a ser descoberta. E o caminho até essas paisagens incríveis é longo e traiçoeiro.
Na Patagônia chilena, as distâncias são imensas, e a vida da população depende de uma única estrada: a Carretera Austral, que tem mais de 1.200 km de extensão e é quase toda de chão batido. A natureza está no comando por lá e os moradores precisam ser muito precavidos.
O povoado de Puerto Rio Tranquilo, de 300 habitantes, fica às margens do maior e mais impressionante lago do Chile. As águas do General Carrera, transparentes, puríssimas e geladas são um caso à parte. Tão azuis, mas tão azuis, que parece até que foram pintadas.
Além de belíssimo, o lago Carrera também guarda um tesouro: o santuário das capelas de mármore. Vistas de longe e de cima, são rochas que mais lembram cogumelos brotando d’água.
Desde o fim da última Era Glacial, há 12 mil anos, a água vem batendo e dissolvendo a península de puro mármore na beira do lago. Foi esse desgaste que deu forma aos dois grandes blocos de pedra que parecem flutuar na superfície do lago Carrera.
É um dos cenários mais incríveis da Patagônia chilena. Visitantes de todo o mundo enfrentam longas distâncias para conhecer esse fantástico conjunto arquitetônico natural.
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