De acordo com a diretora do Instituto, irmã Rosita Milesi, o número vem crescendo significativamente não só em Brasília como em outras cidades, a exemplo de Caxias do Sul (RS), Criciúma (SC) e São Paulo (SP). Dados do IMDH mostram que os imigrantes atendidos são, na maioria, homens entre 20 e 40 anos, que informam terem vindo de Acra, capital de Gana.
Enquanto uns já se apresentaram à Polícia Federal para solicitar refúgio, outros aguardam para ser atendidos. "Todos expressam a grande esperança de receber proteção, segurança e de construir melhores condições de vida no Brasil", explica irmã Rosita. Entre os motivos para o pedido de refúgio, a religiosa cita os conflitos por questões fundiárias, perseguição devido à orientação religiosa, dificuldade de trabalho e falta de perspectiva em seu país de origem. Enquanto aguardam a documentação necessária para poder trabalhar no Brasil, muitos enfrentam dificuldades e vivem em situações precárias, nas regiões mais carentes e distantes.
Outra iniciativa do IMDH refere-se às aulas de português, com a colaboração de voluntários. "Eles (os imigrantes) estão muito ansiosos por aprender o idioma, cientes da importância deste aspecto para sua inserção na comunidade e também laboral", ressalta.
Levantamento recente do Ministério da Justiça mostra que durante a Copa do Mundo foram emitidos 8.767 vistos para ganeses e 2.529 entraram efetivamente no País desde então. Dos 295 que se encontram em Brasília, o IMDH informa que 75 receberam o protocolo ainda durante o primeiro semestre de 2014. Alguns o estão recebendo neste período após a Copa, e outros ainda aguardam recebê-lo nos próximos meses, segundo agendamento da Polícia Federal.
Fonte: www.cnbb.org.br
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