Um complexo religioso de reduzidas dimensões, dividido em duas partes bem distintas, foi descoberto esta semana, numa zona de vegetação densa, na ilha de São Miguel, Açores, anunciou o historiador José de Almeida Mello. O templo nunca tinha sido referenciado pela historiografia local, nem se sabe quem o mandou construir, apesar de existir uma lenda que aponta para origem castelhana.
«Estamos perante um lugar cenobita, o que quer dizer que é um complexo que poderá ser de finais do século XVI, início do século XVII», admitiu o historiador à agência Lusa, revelando que além de uma «pequena ermida de evocação desconhecida», com altar e teto em abóboda, a descoberta tem também um pátio, colunas em pedra, zona de refeições com mesa e duas cavernas «não muito profundas».
Segundo Almeida Mello, o «templo perdido» está localizado na freguesia da Covoada, numa propriedade privada, junto a uma nascente de água, num vale com densa vegetação, a uma altitude de 600 metros. A autarquia já manifestou intenção de valorizar o complexo conjuntamente com o proprietário, a junta de freguesia, os autores da descoberta e a Universidade dos Açores.
Fátima Missionária
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