O filme quer mesmo é celebrar o caldeirão multicultural em que os Estados Unidos estão se transformando.
Por Alysson Oliveira
Certos momentos da comédia “Chef”, escrita e dirigida por Jon Favreau (responsável pelos dois primeiros filmes da série “Homem de Ferro”), parece um programa de culinária na qual não se dá a receita detalhada, apenas se mostra o modo de preparo. Ou seja, desperta a fome, mas não diz como acabar com ela, a não ser por uma passada rápida na praça de alimentação dos shoppings que, geralmente, estão no caminho do cinema.
Depois de grandes blockbusters, o diretor volta às suas origens indies com essa comédia sobre comida e restaurantes. O próprio Favreau é o protagonista, Carl Casper, chef de renome cuja carreira é destruída por uma crítica negativa de Ramsey Mitchel (Oliver Platt). A culpa nem foi do cozinheiro, mas do dono do restaurante (Dustin Hoffman), mas, enfim, pouco importa.
Essa será uma chance não apenas para Carl se reinventar como profissional, mas também para criar laços mais fortes com seu filho pequeno, Percy (Emjay Anthony), com quem tem pouco contato, pois o garoto vive com a mãe (Sofía Vergara).
Com a ajuda de um ex-colega de trabalho (John Leguizamo), o protagonista monta um trailer e sai pelos EUA vendendo um sanduíche tipicamente cubano que, segundo o filme, apesar de pouco alinhado e excessivamente gorduroso, é mais saboroso do que os pratos minimalistas que ele elaborava no antigo restaurante.
É a típica jornada do herói que se corrompeu e para se reencontrar precisa da simplicidade. Só quando Carl passa a fazer uma comida em que realmente acredita e vende para pessoas sem qualquer pompa ou circunstância, seja numa rua movimentada ou na praia, é que ele é feliz.
“Chef” também é um filme sobre o nosso tempo. As desavenças entre Carl e o crítico começam na internet – especialmente por conta da ingenuidade do chef, que rebate e xinga publicamente o jornalista sem saber o que está fazendo, e só se dá conta do estrago quando este se torna viral. Mas será a mesma internet, com suas rede sociais, que promoverá o trailer viajando pelo país e aumentando o boca-a-boca e as filas.
O filme, em sua essência, quer mesmo é celebrar o caldeirão multicultural em que os Estados Unidos estão se transformando – nem que seja apenas na teoria. Carl venderá comida cubana para pessoas de diversas etnias, em lugares como Los Angeles, Miami e Texas, e ao mesmo tempo mostrará pratos típicos de cada local – como o churrasco texano.
“Chef”, no entanto, parece situado numa América da utopia, da boa convivência, da aceitação e do respeito. Ao seu modo, é uma fábula sobre o poder da comida – o que não seria muito diferente de filmes como “A Festa de Babette”, “Chocolate”, e afins, sem claro, chegar a um patamar muito alto.
Clique aqui e veja o trailler e onde o filme está em cartaz!
Certos momentos da comédia “Chef”, escrita e dirigida por Jon Favreau (responsável pelos dois primeiros filmes da série “Homem de Ferro”), parece um programa de culinária na qual não se dá a receita detalhada, apenas se mostra o modo de preparo. Ou seja, desperta a fome, mas não diz como acabar com ela, a não ser por uma passada rápida na praça de alimentação dos shoppings que, geralmente, estão no caminho do cinema.
Depois de grandes blockbusters, o diretor volta às suas origens indies com essa comédia sobre comida e restaurantes. O próprio Favreau é o protagonista, Carl Casper, chef de renome cuja carreira é destruída por uma crítica negativa de Ramsey Mitchel (Oliver Platt). A culpa nem foi do cozinheiro, mas do dono do restaurante (Dustin Hoffman), mas, enfim, pouco importa.
Essa será uma chance não apenas para Carl se reinventar como profissional, mas também para criar laços mais fortes com seu filho pequeno, Percy (Emjay Anthony), com quem tem pouco contato, pois o garoto vive com a mãe (Sofía Vergara).
Com a ajuda de um ex-colega de trabalho (John Leguizamo), o protagonista monta um trailer e sai pelos EUA vendendo um sanduíche tipicamente cubano que, segundo o filme, apesar de pouco alinhado e excessivamente gorduroso, é mais saboroso do que os pratos minimalistas que ele elaborava no antigo restaurante.
É a típica jornada do herói que se corrompeu e para se reencontrar precisa da simplicidade. Só quando Carl passa a fazer uma comida em que realmente acredita e vende para pessoas sem qualquer pompa ou circunstância, seja numa rua movimentada ou na praia, é que ele é feliz.
“Chef” também é um filme sobre o nosso tempo. As desavenças entre Carl e o crítico começam na internet – especialmente por conta da ingenuidade do chef, que rebate e xinga publicamente o jornalista sem saber o que está fazendo, e só se dá conta do estrago quando este se torna viral. Mas será a mesma internet, com suas rede sociais, que promoverá o trailer viajando pelo país e aumentando o boca-a-boca e as filas.
O filme, em sua essência, quer mesmo é celebrar o caldeirão multicultural em que os Estados Unidos estão se transformando – nem que seja apenas na teoria. Carl venderá comida cubana para pessoas de diversas etnias, em lugares como Los Angeles, Miami e Texas, e ao mesmo tempo mostrará pratos típicos de cada local – como o churrasco texano.
“Chef”, no entanto, parece situado numa América da utopia, da boa convivência, da aceitação e do respeito. Ao seu modo, é uma fábula sobre o poder da comida – o que não seria muito diferente de filmes como “A Festa de Babette”, “Chocolate”, e afins, sem claro, chegar a um patamar muito alto.
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