Delegado vai a BH pedir ajuda em caso de injúria racial no Facebook
Responsável pelo caso pedirá ajuda de profissionais qualificados.
Jovem negra e namorado branco de Muriaé foram alvo de preconceito.
O delegado Eduardo Freitas da Silva, responsável pelo caso de injúria racial envolvendo uma jovem negra de 20 anos e o namorado branco, de 18 anos, informou ao G1 que irá nesta quinta-feira (18) à Delegacia Especializada de Crimes Cibernéticos, em Belo Horizonte. A viagem tem o objetivo de tentar concluir a identificação dos suspeitos dos comentários racistas com a ajuda de profissionais qualificados. Conforme informações repassadas pela assessoria da Polícia Civil, o delegado também aguarda uma resposta da empresa Facebook.
O caso começou a ser investigado pela Polícia Civil de Muriaé no dia 27 de agosto após uma imagem publicada no perfil da jovem ser alvo de comentários racistas. Os comentários preconceituosos da foto associavam a relação do casal com escravos. Um deles dizia "Onde comprou essa escrava?". Outros são direcionados à jovem, como "Seu dono?" e "eu acho que vc roubou o branco pra tirar foto". Um dos comentários teve "aprovação" de 24 perfis.
Em entrevista à reportagem, a jovem disse que as fotos já estavam no perfil desde julho e que não entendeu porque só em agosto houve estas manifestações. "Eu não entendo, até porque aquela foto já estava há muito tempo no meu perfil e de repente começaram os comentários. Chorei muito, mas eu recebi bastante apoio do meu namorado e da minha família”, desabafou.
O delegado Eduardo afirmou que foi feita uma parceria com a Polícia Civil São Paulo, visto que a maioria dos identificados são de lá. De acordo com a assessoria, mais de 50 pessoas são investigadas. Além de injúria racial, elas poderão responder ainda por formação de quadrilha. Situação que ainda está sendo analisada.
O delegado Eduardo afirmou que foi feita uma parceria com a Polícia Civil São Paulo, visto que a maioria dos identificados são de lá. De acordo com a assessoria, mais de 50 pessoas são investigadas. Além de injúria racial, elas poderão responder ainda por formação de quadrilha. Situação que ainda está sendo analisada.
A polícia ainda não informou qual a previsão para a conclusão do inquérito policial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário