Marina afirma que a atual gestão não reconhece seus erros, principalmente na condução da economia.
Por Maria Carolina Marcello
Em resposta às insinuações de que pode ser um novo Jânio Quadros ou outro Fernando Collor de Mello, ex-presidentes que não concluíram seus mandatos, a presidenciável Marina Silva (PSB), afirmou nesta quarta-feira que o "medo" é a pior forma de fazer política.
Em entrevista ao portal de notícias G1, Marina afirmou que a utilização do medo na campanha é semelhante ao "terrorismo" feito contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na eleição de 2002.
"Infelizmente quem está querendo ressuscitar o medo é a presidente Dilma (Rousseff, PT). E a pior forma de se fazer política é pelo medo", disse a candidata, em entrevista ao portal de notícias G1 nesta quarta-feira.
"Eu prefiro fazer política pelas duas coisas que orientaram a minha vida: pela esperança e pela confiança", disse a candidata do PSB.
Na terça-feira, a propaganda de Dilma na TV exibiu trechos em que um locutor questiona a governabilidade de um eventual governo de Marina, citando Jânio e Collor como momentos em que o país escolheu "salvadores da pátria" e "chefes do partido do eu sozinho". Jânio renunciou e Collor sofreu impeachment.
No mesmo dia, mais tarde, o vice na chapa da candidata do PSB, Beto Albuquerque, classificou as comparações como lacerdismo e golpismo. Antes de Albuquerque, a própria Marina já havia rebatido a comparação, citando sua atuação na política para afirmar que "a sociedade brasileira" conhece seus valores e sua luta "há mais de 30 anos".
Erros e ministérios
Ao ser questionada sobre as erratas de seu programa de governo, Marina aproveitou para alfinetar Dilma, afirmando que a atual gestão não reconhece seus erros, principalmente na condução da economia.
"Agora mesmo nós temos inflação alta, nós temos os juros altos, baixo crescimento, e não há o reconhecimento por parte do governo dos problemas que nós temos", disse.
"Quem persiste no erro, não reconhece o erro, são aquelas que causam maiores prejuízos ao país."
A candidata, que tem reafirmado compromissos com programas sociais e ampliação de recursos para áreas como a saúde, defendeu a eficiência dos gastos públicos como forma de gerar fontes para essas promessas de campanha.
Em declarações anteriores, Marina já havia sugerido a reavaliação da política de desonerações do governo, e a "qualificação" dos gastos públicos.
Nesta quarta, a ex-senadora apostou no crescimento da economia para gerar espaço a esses investimentos e ainda em um enxugamento da máquina pública, incluindo a redução de ministérios.
"A decisão de que vamos fazer essa redução (de ministérios) está tomada. Agora quais serão reduzidos, isso é algo que você faz no momento em que você é eleito, na hora em que você está fazendo a transição", afirmou. "Ninguém pode ficar fazendo qualquer tipo de ilação se você ainda não tem os dados, não está à frente do processo."
Marina defendeu ainda o critério da "competência" para a escolha de ocupantes de cargos públicos, dirigindo suas críticas especialmente a nomeações para a Petrobras, e agências reguladoras.
PSB e Rede
Sobre sua permanência no PSB, partido que a acolheu em outubro do ano passado, quando teve frustrada a tentativa de criar sua prórpia sigla, Marina não foi clara, apesar de afirmar que tão logo seja possível, a Rede Sustentabilidade será formalizado por seus apoiadores, que já constituíram diretórios em todas as unidades federativas.
"Eu vou continuar como presidente da República, eleita pelo PSB, porque eu não quero instrumentalizar esse lugar. A Rede Sustentabilidade vai ter o meu apoio sempre, e teria o apoio de Eduardo Campos, mas nós estamos imbuídos de governar com todos os partidos", disse.
A presidenciável afirmou ainda que tem o compromisso de "ajudar o PSB a encontrar a sua estabilidade política interna" após a trágica morte de Eduardo Campos em um acidente de avião no mês passado.
Em resposta às insinuações de que pode ser um novo Jânio Quadros ou outro Fernando Collor de Mello, ex-presidentes que não concluíram seus mandatos, a presidenciável Marina Silva (PSB), afirmou nesta quarta-feira que o "medo" é a pior forma de fazer política.
Em entrevista ao portal de notícias G1, Marina afirmou que a utilização do medo na campanha é semelhante ao "terrorismo" feito contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na eleição de 2002.
"Infelizmente quem está querendo ressuscitar o medo é a presidente Dilma (Rousseff, PT). E a pior forma de se fazer política é pelo medo", disse a candidata, em entrevista ao portal de notícias G1 nesta quarta-feira.
"Eu prefiro fazer política pelas duas coisas que orientaram a minha vida: pela esperança e pela confiança", disse a candidata do PSB.
Na terça-feira, a propaganda de Dilma na TV exibiu trechos em que um locutor questiona a governabilidade de um eventual governo de Marina, citando Jânio e Collor como momentos em que o país escolheu "salvadores da pátria" e "chefes do partido do eu sozinho". Jânio renunciou e Collor sofreu impeachment.
No mesmo dia, mais tarde, o vice na chapa da candidata do PSB, Beto Albuquerque, classificou as comparações como lacerdismo e golpismo. Antes de Albuquerque, a própria Marina já havia rebatido a comparação, citando sua atuação na política para afirmar que "a sociedade brasileira" conhece seus valores e sua luta "há mais de 30 anos".
Erros e ministérios
Ao ser questionada sobre as erratas de seu programa de governo, Marina aproveitou para alfinetar Dilma, afirmando que a atual gestão não reconhece seus erros, principalmente na condução da economia.
"Agora mesmo nós temos inflação alta, nós temos os juros altos, baixo crescimento, e não há o reconhecimento por parte do governo dos problemas que nós temos", disse.
"Quem persiste no erro, não reconhece o erro, são aquelas que causam maiores prejuízos ao país."
A candidata, que tem reafirmado compromissos com programas sociais e ampliação de recursos para áreas como a saúde, defendeu a eficiência dos gastos públicos como forma de gerar fontes para essas promessas de campanha.
Em declarações anteriores, Marina já havia sugerido a reavaliação da política de desonerações do governo, e a "qualificação" dos gastos públicos.
Nesta quarta, a ex-senadora apostou no crescimento da economia para gerar espaço a esses investimentos e ainda em um enxugamento da máquina pública, incluindo a redução de ministérios.
"A decisão de que vamos fazer essa redução (de ministérios) está tomada. Agora quais serão reduzidos, isso é algo que você faz no momento em que você é eleito, na hora em que você está fazendo a transição", afirmou. "Ninguém pode ficar fazendo qualquer tipo de ilação se você ainda não tem os dados, não está à frente do processo."
Marina defendeu ainda o critério da "competência" para a escolha de ocupantes de cargos públicos, dirigindo suas críticas especialmente a nomeações para a Petrobras, e agências reguladoras.
PSB e Rede
Sobre sua permanência no PSB, partido que a acolheu em outubro do ano passado, quando teve frustrada a tentativa de criar sua prórpia sigla, Marina não foi clara, apesar de afirmar que tão logo seja possível, a Rede Sustentabilidade será formalizado por seus apoiadores, que já constituíram diretórios em todas as unidades federativas.
"Eu vou continuar como presidente da República, eleita pelo PSB, porque eu não quero instrumentalizar esse lugar. A Rede Sustentabilidade vai ter o meu apoio sempre, e teria o apoio de Eduardo Campos, mas nós estamos imbuídos de governar com todos os partidos", disse.
A presidenciável afirmou ainda que tem o compromisso de "ajudar o PSB a encontrar a sua estabilidade política interna" após a trágica morte de Eduardo Campos em um acidente de avião no mês passado.
Reuters
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