Sem a manifestação pública do governo ou de algum petista graúdo, a oposição acabou ganhando espaço para comentar – e atacar – o Palácio do Planalto e o PT por conta da nova fase da Operação Lava Jato, que levou para a prisão executivos das mais importantes empreiteiras do país e um ex-diretor da Petrobras que chegou ao posto por indicação de José Dirceu.
Por isso, com 24 horas de atraso, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, veio a público para defender o governo e condenar o que chamou de "tentativa de politizar" a ação da Polícia Federal.
"Não podemos permitir a exploração política de um fato por alguém que comemorou o resultado eleitoral antes e acabou perdendo; só Freud explica", ironizou o ministro, que comanda a Polícia Federal.
Há o reconhecimento por parte de assessores do governo que foi um erro de comunicação não ter sido escalada uma autoridade para comentar a ação desta sexta-feira (14) da PF. Foi o que fez neste sábado (15) o ministro Cardozo, para repetir o discurso de Dilma ao longo da campanha.
"Este governo não varre a sujeira para debaixo do tapete; a investigação será mantida, doa a quem doer."
No primeiro instante, avalia o Planalto, o maior desgaste é para os partidos que estão no governo e estão sendo citados na operação – um operador do PMDB e um ex-diretor da Petrobras que foi indicado pelo PT. Mas, em um segundo momento, acreditam políticos governistas, "pode sobrar alguma coisa para outros partidos, inclusive da oposição".
"Qual o candidato neste país não recebeu doação de empreiteiras?", indagou um petista.
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