sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Árvore genealógica mais completa das aves

12/12/2014  |  domtotal.com

O trabalho ajuda a esclarecer as relações evolutivas de grupos de aves modernas e revela características genéticas.

Por Will Dunham
Washington - Cientistas revelaram a "árvore genealógica" mais ampla das aves até agora usando material genético de 48 espécies para acompanhar como os pássaros modernos surgiram e prosperaram após a extinção coletiva que dizimou os dinossauros.
O trabalho de pesquisadores de 20 países ajuda a esclarecer as relações evolutivas de grupos de aves modernas e revela características genéticas como o canto, a falta de dentes, a plumagem colorida e a visão de cores.
Os cientistas decodificaram os genomas - material genético de um organismo - de 45 espécies de aves e analisaram os de outros três previamente sequenciados. A lista cobriu quase todos os grupos vivos de aves.
"Apresentamos uma árvore genealógica muito detalhada de aves e uma imagem clara de como os pássaros modernos se originaram e evoluíram", disse o geneticista Guojie Zhang, do centro de pesquisa de genoma BGI, em Shenzhen, na China, e a Universidade de Copenhague.
Os cientistas acreditam que as aves evoluíram a partir de pequenos dinossauros que tinham penas. O mais antigo pássaro conhecido, o Archaeopteryx, viveu há 150 milhões de anos.
Os pesquisadores disseram que a maioria das linhagens de aves desde o tempo dos dinossauros desapareceu durante a extinção coletiva há cerca de 65 milhões de anos provocada supostamente pela colisão de um asteroide com a Terra.
"As aves são dinossauros. São uma linhagem de dinossauros que resistiu à extinção coletiva", disse o professor de biologia Ed Braun, da Universidade da Flórida.
A análise se concentrou em um grupo chamado Neoaves, que inclui quase todas as mais de 10.000 espécies de aves modernas. Sua explosão evolutiva se estendeu de 10 milhões a 15 milhões de anos após a extinção coletiva.
A diversificação das espécies deu origem a 95 por cento das aves atuais, disse o neurobiólogo Erich Jarvis, da Faculdade de Medicina da Universidade de Duke.
A pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira na revista Science e em outras publicações.
Reuters

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