Esquecer um bebê dentro de um carro parado sob o sol pode acontecer mesmo com os pais mais amorosos. Ao menos, esta é a conclusão de neurologistas que estudam o fenômeno, chamado de Forgotten Baby Syndrome (FBS) ou “Síndrome do Bebê Esquecido”.
Segundo pesquisa realizada nos EUA, 11% dos pais já esqueceram o filho no carro alguma vez. No caso de pais de crianças até 3 anos, um a cada quatro admitem o mesmo. Por causa dessa negligência morrem lá, em média, quarenta crianças por ano. No Brasil, só na última semana, foram três casos fatais: um no Rio, em São Paulo e em MInas Gerais.
O perigo se agrava com a obrigatoriedade de transportar crianças no banco de trás dos automóveis. Se por um lado, a prática é fundamental para minimizar os acidentes, por outro, faz com que muitos pais não interajam com a criança ao longo da viagem e, em muitas ocasiões, esqueçam que ela está lá. A criança, protegida e confortável na cadeirinha, acaba dormindo e simplesmente “sai da cabeça” dos pais, com a mente já sobrecarregada pelos compromissos do dia.
Quando fazemos trajetos de rotina, como dirigir de casa até o trabalho, a mente se abstrai do controle dessa atividade. Nosso cérebro é projetado dessa forma para que fiquemos livres para pensar em outras coisas. Se a pessoa introduz uma atividade pouco usual, alterando o desenho inicial, é possível que a mente “apague” isso e siga no piloto automático.
Há, porém, um elemento novo a considerar: a tendência crescente dos motoristas de utilizar celulares e seus aplicativos. Uma pesquisa divulgada pela Ford mostrou que um a cada quatro jovens europeus usa o celular enquanto dirige, inclusive acessando redes sociais e enviando mensagens.
De fato, estamos cada vez mais hiperativos e multimidiáticos. Temos a necessidade de simultaneidade, de ter várias “janelas” abertas e fazer várias coisas ao mesmo tempo. Os motoristas ocupam cada vez mais as mãos enquanto dirigem, mexendo no celular, no GPS, em programas de rotas de trânsito, sintonizando rádio e TV ou buscando objetos. A situação é tão temerária que vários estados americanos planejam implantar leis para reduzir essa dispersão.
O uso contínuo dos eletrônicos ao dirigir pode contribuir para elevar o número de casos de Síndrome do Bebê Esquecido. Paradoxalmente, já surgiram aplicativos de celular para lembrar os pais de retirar o filho do carro.
Para a maioria de nós parece impensável, cruel e desumano esquecer o próprio filho. Porém, como o fenômeno ocorre mesmo com pais esmerados e prudentes, é importante habituar-se a checar o carro antes de trancá-lo. Nos EUA esse foi o lema de uma campanha nacional: “Look before you lock” (olhe antes de trancar).
Esse cuidado simples e óbvio pode, senão resolver, ao menos atenuar riscos que uma vida invadida pelo estresse, a pressão e as tecnologias traz para nós e para nossos filhos.
Segundo pesquisa realizada nos EUA, 11% dos pais já esqueceram o filho no carro alguma vez. No caso de pais de crianças até 3 anos, um a cada quatro admitem o mesmo. Por causa dessa negligência morrem lá, em média, quarenta crianças por ano. No Brasil, só na última semana, foram três casos fatais: um no Rio, em São Paulo e em MInas Gerais.
O perigo se agrava com a obrigatoriedade de transportar crianças no banco de trás dos automóveis. Se por um lado, a prática é fundamental para minimizar os acidentes, por outro, faz com que muitos pais não interajam com a criança ao longo da viagem e, em muitas ocasiões, esqueçam que ela está lá. A criança, protegida e confortável na cadeirinha, acaba dormindo e simplesmente “sai da cabeça” dos pais, com a mente já sobrecarregada pelos compromissos do dia.
Quando fazemos trajetos de rotina, como dirigir de casa até o trabalho, a mente se abstrai do controle dessa atividade. Nosso cérebro é projetado dessa forma para que fiquemos livres para pensar em outras coisas. Se a pessoa introduz uma atividade pouco usual, alterando o desenho inicial, é possível que a mente “apague” isso e siga no piloto automático.
Há, porém, um elemento novo a considerar: a tendência crescente dos motoristas de utilizar celulares e seus aplicativos. Uma pesquisa divulgada pela Ford mostrou que um a cada quatro jovens europeus usa o celular enquanto dirige, inclusive acessando redes sociais e enviando mensagens.
De fato, estamos cada vez mais hiperativos e multimidiáticos. Temos a necessidade de simultaneidade, de ter várias “janelas” abertas e fazer várias coisas ao mesmo tempo. Os motoristas ocupam cada vez mais as mãos enquanto dirigem, mexendo no celular, no GPS, em programas de rotas de trânsito, sintonizando rádio e TV ou buscando objetos. A situação é tão temerária que vários estados americanos planejam implantar leis para reduzir essa dispersão.
O uso contínuo dos eletrônicos ao dirigir pode contribuir para elevar o número de casos de Síndrome do Bebê Esquecido. Paradoxalmente, já surgiram aplicativos de celular para lembrar os pais de retirar o filho do carro.
Para a maioria de nós parece impensável, cruel e desumano esquecer o próprio filho. Porém, como o fenômeno ocorre mesmo com pais esmerados e prudentes, é importante habituar-se a checar o carro antes de trancá-lo. Nos EUA esse foi o lema de uma campanha nacional: “Look before you lock” (olhe antes de trancar).
Esse cuidado simples e óbvio pode, senão resolver, ao menos atenuar riscos que uma vida invadida pelo estresse, a pressão e as tecnologias traz para nós e para nossos filhos.
Foto: pai da criança que morreu em carro em São Bernardo do Campo (Reprodução/TV Globo)
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