domingo, 4 de janeiro de 2015

Caboverdeano Dom Arlindo nomeado Cardeal pelo Papa Francisco

O Papa Francisco anunciou hoje a nomeação de vinte novos cardeais, dos quais 15 eleitores

D. Arlindo Furtado, celebrando Missa em São Tomé e Principe, em 2010, com outros bispos dos países lusófonos - RV
04/01/2015 01:59
O Papa Francisco anunciou hoje a nomeação de vinte novos cardeais, dos quais 15 eleitores. Os novos cardeais serão criados a 14 de Fevereiro próximo; 15 de entres eles são eleitores e “manifestam - explicou o Papa – a inseparável ligação entre a Igreja de Roma e as Igrejas particulares presentes no mundo”. Cinco, recebem o título emérito e não são, portanto, eleitores, mas nomeados pelo Pontífice porque se distinguiram pela sua caridade pastoral ao serviço da Santa Sé e da Igreja.
*Os 15 novos cardeais eleitores, anunciados pelo Papa são: D. Domenique Mamberti, arcebispo titular de Sagona, Prefeito do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica; D. Manuel José Macário do Nascimento Clemente (Patriarca de Lisboa); D. Berhaneyesus Demerew Souraphiel, C.M., arcebispo de Adis Abeba (Etiópia); D. John Atcherley Dwe, arcebispo de Wellington (Nova Zelândia); D. Edoardo Menichelli, arcebispo de Ancona (Itália); D. Pierre Nguyên Vã Nhon, arcebispo de Há Nói (Vietnam); D. Alberto Suarez Inda, arcebispo de Morelia (México); D. Charles Maung Bo S.D.B., arcebispo de Yaongon (Myanmar); D. Francis Xavier Kriengsak Kovithavanij, arcebispo de Bankok (Tailândia); D. Francesco Montenegro, arcebispo de Montevideo (Uruguay); D. Ricardo Blázquez Pérez, arcebispo de Vallodolid (Espanha); D. José Luiz Lacunza Maestrojuán, O.A.R., bispo de David (Panamá); D. Arlindo Gomes Furtado; bispo de Santiago de Cabo Verde, (Arquipélago de Cabo Verde); D. Soane Patita Pain Mafi, bispo de Tonga (Ilhas Tonga).
A estes 15 cardeais eleitores, o Papa acrescentará 5 arcebispos e bispos eméritos que – disse – “se distinguiram pela sua caridade pastoral ao serviço da Santa Sé e da Igreja”. Trata-se de D. José de Jesus Pimiento Rodriguez, arcebispo emérito de Manizales, na Colômbia; D. Luigi De Magistris, arcebispo titular de Nova, pro-penitenciário maior emérito: D. Karl-Joseph Rauber, arcebispo titular de Giubaliziana, Núncio Apostólico; D. Luis Hector Villalba, arcebispo emérito de Tucumán, na Argentina; D. Júlio Duarte Langa, bispo emérito de Xai-Xai, em Moçambique.
“Eles representam muitos bispos que, com a mesma solicitude de pastores, deram testemunho de amor em Cristo e ao Povo de Deus tanto nas Igrejas particulares, como na Cúria Romana e no Serviço Diplomático da Santa Sé” – disse o Papa.
Os novos cardeais concelebram com o Papa uma Missa solene, domingo 15 de Fevereiro, enquanto que nos dias 12 e 13 – acrescentou o Papa – todos os cardeais se reunirão em Consistório “para reflectir sobre as orientações e as propostas de reforma da Cúria”.
Por fim, o Papa Francisco pediu para rezarem por ele e pelos novos cardeais, a fim de que “sejamos testemunhos do Evangelho no mundo e com a sua experiência pastoral apoiem” o serviço apostólico pontifício.
É claro – explica numa nota o P. Federico Lombardi, Director da Sala de Imprensa da Santa Sé – o critério que guiou o Papa na escolha destes novos cardeais, o da universalidade: com efeito, entre eleitores e eméritos, são 14 as nações de proveniência dos eleitores, seis não tinham um cardeal ou nunca o tinham tido, como Cabo Verde, Tonga e Myanmar, ou então se trata “de comunidades eclesiais pequenas ou em situações de minoria. A Diocese de Santiago de Cabo Verde, por exemplo, “é uma das mais antigas Dioceses Africanas”, enquanto que a de Morelia, no México, encontra-se “numa região perturbada pela violência”.
Apenas um novo Cardeal da Cúria Romana (D. Domenique Mamberti), porque – continua P. Lombardi – “evidentemente o Papa considera tarefas cardinalícias os de Prefeito das Congregações e de poucas outras instituições importantíssimas da Cúria, como neste caso, o Tribunal da Signatura”. Ao mesmo tempo “confirma-se que o Papa não se considera vinculado à tradição das “sede cardinalícias”, centradas por razões históricas nalguns Países, e que fazia com que o cardinalato fosse considerado quase “automaticamente” ligado a essas sedes”.
Em relação aos eméritos, o Director da Sala de Imprensa da Santa Sé sublinha que “a nomeação cardinalícia quer ser um reconhecimento dado simbolicamente a alguns, mas reconhecendo o mérito de todos”.
Por fim o P. Federico Lombardi faculta alguns dados estatísticos: “em relação aos 120 cardeais eleitores, havia 12 lugares “livres” no Colégio Cardinalício hoje ou já nos próximos meses. O Papa ultrapassou ligeiramente esse número, mantendo-se, todavia, muito próximo dele, de forma que esse dado é essencialmente respeitado”.
O novo Cardeal mais jovem é o arcebispo de Tonga, D. Mafi, (54 anos) e que se torna assim no membro mais jovem do Colégio Cardinalício; enquanto que o mais idoso é D. Pimiento Rodriguez (96 anos), arcebispo emérito de Manizales.
(DA com IP) 

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