Por ocasião do início do ano letivo,
as comunidades paroquiais também não fogem à regra do restante do mundo, dando
início às suas atividades, dentro do cronograma pastoral das mesmas.
Gostaria de me voltar para a catequese da primeira eucaristia, catequese da
crisma e catequese de adultos, pensando nos nossos jovens, ungidos pela bondade
Deus, na generosidade de alma e coração, os quais estão à frente da
catequese em nossas comunidades. Agradeço e louvo muito ao bom Deus pelos arautos
da catequese, seja aqui na nossa Paróquia de Santo Afonso Maria de Ligório,
seja pelos missionários catequistas espalhados pelo imenso Brasil, na tarefa de
transmitir a fé, com sinais claros de doação, renúncia e generosidade!

Para que a Igreja seja realmente de Cristo, a
mesma precisa sair, evangelizar e servir. Daí uma consciência sempre maior,
deveria se buscar na fonte espiritual do Filho de Deus, no exemplo de lavar os
pés dos discípulos, indicando concretamente o caminho do serviço, que a fé
cristã vai muito além das aparências, que cumprir preceitos é bom e
indispensável, mas urge ir além, no seguimento de Jesus de Nazaré, como
discípulo e missionário. Jesus ao vencer a morte, nos assegurou a ressurreição
na vida futura, falando-nos luminosamente da alegria cristã, que consiste em
antever pela esperança a glória futura, realidade misteriosa, na promessa do
Espírito Santo de Deus, nas palavras deixadas por Jesus, quando subiu para
junto do pai: “Recebereis o poder do Espírito Santo, que virá sobre vós para
serdes minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria, até os
confins da terra (cf. At 1, 8).
Reforço que o Papa Francisco é o nosso
catequista maior quando fala, escreve, exorta, viaja, recebe autoridades e
procura o diálogo sincero. Pelo diálogo, a intenção do Augusto Pontífice, é
certamente a de sonhar com um mundo fraterno e solidário. Francisco
exerceu a função de habilidoso conciliador no restabelecimento das
relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba, rompidas desde 1961. Segundo
o Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin: “Francisco enviou uma carta aos
dois presidentes, convidando-os a superar os obstáculos existentes entre seus
países e chegar a um acordo, tendo como método, diante das divergências, o
diálogo. Se o diálogo for sincero, levará sempre as pessoas a se encontrar e a
colaborar, não obstante as diversidades. Deste modo, o Papa convida a todos a
uma cultura do encontro”.
Ademais, Francisco vai mais além, a partir de
suas profecias, nas celebrações da capela Santa Marta, ao recordar os mártires
contemporâneos que morreram e morrem pelas mãos de autoridades corruptas.
“Penso nos nossos mártires, nos mártires dos nossos dias, esses homens,
mulheres, crianças que são perseguidos, odiados, escorraçados das suas casas,
torturados, massacrados. Isso não é algo do passado, hoje também acontece”,
declarou, durante a homilia da Missa a qual presidiu na capela da Casa de Santa
Marta e relembrou o martírio de João, o Batista: “Aquele rei atônito torna-se
capaz de uma decisão, mas não porque o seu coração tenha sido convertido, mas
porque o vinho lhe deu coragem. E assim João termina a sua vida sob a
autoridade de um rei medíocre, bêbado e corrupto, pelo capricho de uma
bailarina e pelo ódio vingativo de uma adúltera. Assim termina o Grande, o
maior homem nascido de mulher, relatou” (06.02.2015). Que os catequistas e
todos nós, agentes de pastoral, saibamos aprender, pelo diálogo pedagógico e
didático do Santo Padre, a busca constante da cultura do encontro. Assim seja!
*Escritor, blogueiro,
colunista, vice-presidente da Previdência Sacerdotal e Pároco de Santo Afonso,
Parquelândia, Fortaleza-CE - geovanesaraiva@gmail.com
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