quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

GT do Solo Urbano debate reflexões iniciadas em 2014

Cidade Jr Lopes 350x263O Grupo de Trabalho (GT) sobre o Solo Urbano da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está reunido na sede da entidade, em Brasília (DF), nesta quarta-feira, dia 11. Os membros da equipe apresentam reflexões suscitadas desde o último encontro, em setembro de 2014. O objetivo é a publicação de um documento da CNBB sobre o tema, como ocorreu em 1982 com o texto “Solo urbano e ação pastoral”.
O novo texto sobre o solo urbano terá como ponto de partida a preocupação com o sofrimento das pessoas diante da atual situação da mobilidade urbana, a especulação imobiliária, a deterioração do meio ambiente e da falta de saneamento básico. Um caráter pastoral será empregado à linguagem.
A iniciativa da CNBB, por meio da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, é concluir um ciclo de reflexões iniciado pelo GT que deu origem ao documento 101, “A Igreja e a questão agrária brasileira no início do século XXI”.
Assim como o texto da década de 1980, a publicação utilizará a estrutura ver, julgar e agir. O texto “Solo urbano e ação pastoral” abordou a “situação do solo urbano no Brasil” e apresentou “Elementos para uma reflexão ético-teológica” e “Pistas inspiradoras de uma ação concreta”.
O novo documento deve ter sua primeira avaliação na reunião do Conselho Permanente da CNBB, marcada para julho. Os membros do GT pretendem apresentar o documento definitivo em 2016.
Durante a primeira reunião do Grupo, foram pensados os elementos que surgiram desde 1982 até a atualidade sobre o tema. O bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, apontou as problemáticas com a questão indígena, as favelas, as ocupações, além das questões ambientais, que envolvem nascentes e lixões.
Especialistas que fazem parte do grupo apontaram iniciativas da Comissão Pastoral da Terra (CPT), a criação de fóruns e os projetos governamentais, os quais possibilitam avanços e retrocessos, quando aplicam recursos de maneira “errada e devastadora, como o desalojamento de famílias”.
O arcebispo de Montes Claros (MG), dom José Alberto Moura, integrante do GT, salientou a necessidade de atenção aos “pontos incidentes na realidade”. “Não basta fixar o documento sobre o solo, mas também o que a realidade agrega. Cabe lembrar a multiplicidade da realidade do Brasil”, apontou.
Outros elementos dizem respeito aos recursos financeiros que favorecem a especulação imobiliária, em detrimento da transformação social; a expansão urbana, o solo urbano e a evangelização; e a percepção em relação à cidade.
Solo urbano e ação pastoral
Em 1982 vários pontos destacados pelo atual GT do solo urbano foram tratados no documento aprovado na 20ª Assembleia Geral da CNBB.
“Temos consciência de que a complexidade deste desavio envolve aspectos técnicos alheios à nossa competência. Assim, apelamos instantemente a todos os especialistas na matéria para que se disponham a dar ao tema sua contribuição específica. Por outro lado, sabemos que o povo simples tem consciência das grandes linhas da solução deste problema que tanto o aflige”, diziam os bispos na época.
Por CNBB

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