sexta-feira, 10 de abril de 2015

Plano de transparência econômica na Igreja

Programa também contempla a criação de um portal da transparência da Conferência Episcopal.

Madri, 09 abr (SIR) – Seguindo a linha de Papa Francisco, os Bispos espanhóis acabam de aprovar um plano de transparência para que os cidadãos saibam a cada momento “como se financia a Igreja e tenham garantias de que o dinheiro está sendo aplicado onde existe real necessidade”. É o que afirmou na quarta-feira o vice-presidente para os Assuntos Econômicos da Conferência Episcopal, Fernando Giménez Barraiocanal, durante a apresentação dos primeiros números das contribuições espontâneas dos fiéis através da Declaração do Imposto de Renda.
Entre as medidas “deste plano ambicioso”, aprovado pela Comissão permanente, os Bispos querem “uma revisão contábil da Conferência Episcopal e de nove Dioceses que aderiram no primeiro passo”. A auditoria externa será da Consultoria internacional PWC e terá como objetivo “avaliar a situação atual da contabilidade e oferecer recomendações de melhorias”.
“Nesta primeira etapa se apresentaram como voluntárias onze ou doze Dioceses, porém se optou por nove”, explicou Giménez Barriocanal, que lembrou que há algumas Dioceses, como as catalãs, onde “regularmente se realizam auditorias externas das contas eclesiásticas”.
O programa, que será implantado progressivamente nos próximos anos, também contempla a criação de um portal da transparência da Conferência Episcopal e a a aprovação de “um manual de boas práticas” com recomendações para os investimentos que são mais adequados para a Igreja, além de outras como compras e realização de obras, serviços e contratação de pessoal.
Os Bispos desejam também implantar “modelos de contabilidade” de prestação de contas das Dioceses e inspirados nas leis em vigor e de acordo com a Santa Sé. “Algumas Dioceses, infelizmente, têm um controle de caixa que não é suficiente atualmente. Assim que uma melhoria neste setor poderia aumentar a comunhão entre as paróquias, socorrendo as que estão em dificuldades e dirigindo recursos para os setores mais necessitados”, explicou o gerente da Conferência Episcopal, um dos principais defensores deste projeto que “conta o total apoio dos Bispos”.
SIR

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