Álbum reflete processo 'doloroso' de superar separação, diz Ben Gibbard.
'Kintsugi' também marca saída de guitarrista; Ben diz estar 'triste e aliviado'.
Foram 773 dias com ela. O líder do Death Cab For Cutie, Ben Gibbard, terminou no fim de 2011 um casamento de dois anos com a atriz Zooey Deschanel. Como se uma separação só não fosse o bastante, o guitarrista Chris Walla deixou a banda. Com ele, foram 6.070 dias, entre o primeiro disco da banda de indie rock, “Something about airplanes”, de 1998, e o último do qual ele participa, “Kintsugi”, recém-lançado.
saiba mais
Os rompimentos com a atriz de “500 dias com ela” e “New girl” e com o músico que produziu quase todos os álbuns da banda são parte inevitável das novas músicas. “Como compositor, tendo a escrever sobre minha vida muito abertamente”, diz Gibbard ao G1. Ele se abre também na entrevista, ao comentar as separações e o futuro do Death Cab For Cutie.
G1 - Como foi ter pela primeira vez um produtor de fora da banda [Rich Costley]?
Ben Gibbard - Foi muito bom, acho que era algo do que precisávamos havia muito tempo. Ele trouxe muitas ideias novas, outra perspectiva. Acho que ter Rich no álbum o fez muito melhor do que se estivéssemos sozinhos.
Ben Gibbard - Foi muito bom, acho que era algo do que precisávamos havia muito tempo. Ele trouxe muitas ideias novas, outra perspectiva. Acho que ter Rich no álbum o fez muito melhor do que se estivéssemos sozinhos.
G1 - Com outro produtor, dava para esperar uma ruptura, algo diferente. Mas o disco é talvez mais parecido com o Death Cab antigo que ‘Codes and Keys’ (2011).
Ben Gibbard - Em geral as músicas que eu escrevi para este disco são mais baseadas em guitarra, similares ao estilo dos primeiros discos. Acho que essa é a maior razão. Mas também porque, após o último disco, buscamos algo que fosse mais familiar para a gente.
Ben Gibbard - Em geral as músicas que eu escrevi para este disco são mais baseadas em guitarra, similares ao estilo dos primeiros discos. Acho que essa é a maior razão. Mas também porque, após o último disco, buscamos algo que fosse mais familiar para a gente.
G1 - Em que ponto da produção do disco você descobriu que o Chris ia sair?
Ben Gibbard - Estávamos trabalhando havia cerca de um mês no disco. Mas havia muitos anos que eu sabia que ele ia sair da banda. O processo de fazer o disco foi muito amigável. A gente meio que sabia que ia acontecer, então tiramos o máximo proveito disso.
Ben Gibbard - Estávamos trabalhando havia cerca de um mês no disco. Mas havia muitos anos que eu sabia que ele ia sair da banda. O processo de fazer o disco foi muito amigável. A gente meio que sabia que ia acontecer, então tiramos o máximo proveito disso.
G1 - Qual foi sua reação quando ele disse que sairia?
Ben Gibbard - Não fiquei muito surpreso. Fiquei triste. Mas foi também foi um sentimento de alívio. Não foi um grande choque.
Ben Gibbard - Não fiquei muito surpreso. Fiquei triste. Mas foi também foi um sentimento de alívio. Não foi um grande choque.
G1 - Mas o que te fazia esperar isso?
Ben Gibbard - Sabe, há pessoas na sua vida que você sabe que vão te deixar em algum momento. E acho que ele sempre quis produzir discos. De qualquer forma, sei que ele sempre teve muito orgulho desses anos na banda.
Ben Gibbard - Sabe, há pessoas na sua vida que você sabe que vão te deixar em algum momento. E acho que ele sempre quis produzir discos. De qualquer forma, sei que ele sempre teve muito orgulho desses anos na banda.
G1 - Como vai ser o futuro da banda sem ele?
Ben Gibbard - A banda não vai ser a mesma sem ele, mas não acho que isso seja uma coisa ruim. Acho que toda banda cresce, muda, evolui. Às vezes membros saem. A gente vai continuar fazendo bons discos desde que escreva boas músicas. Essa sempre foi a questão. A contribuição dele para o som banda foi imensa nesse tempo, mas acho que tudo sempre dependeu das músicas. Na verdade, não estou muito preocupado com o futuro.
Ben Gibbard - A banda não vai ser a mesma sem ele, mas não acho que isso seja uma coisa ruim. Acho que toda banda cresce, muda, evolui. Às vezes membros saem. A gente vai continuar fazendo bons discos desde que escreva boas músicas. Essa sempre foi a questão. A contribuição dele para o som banda foi imensa nesse tempo, mas acho que tudo sempre dependeu das músicas. Na verdade, não estou muito preocupado com o futuro.
G1 - Quando você descobriu a arte japonesa do kintsugi, de juntar pedaços quebrados, e por que decidiu que seria o título?
Ben Gibbard - Foi nosso baixista Nick que veio com isso. Eu me identifiquei de verdade, porque como compositor é isso o que sempre tentei fazer [colar pedaços]. Acho que foi um grande título para o disco. Soube imediatamente que ia ser o nome.
Ben Gibbard - Foi nosso baixista Nick que veio com isso. Eu me identifiquei de verdade, porque como compositor é isso o que sempre tentei fazer [colar pedaços]. Acho que foi um grande título para o disco. Soube imediatamente que ia ser o nome.
G1 - Quase todas as resenhas do disco ligam as músicas à ‘dupla separação’ – do Chris e o fim do seu casamento. Seu divórcio inspirou este disco de alguma maneira?
Ben Gibbard - Sim, é claro. Você não passa por algo que muda sua vida completamente sem se afetar. E, como compositor, tendo a escrever sobre minha vida muito abertamente. Então, naturalmente, isso tornou parte das músicas.
Ben Gibbard - Sim, é claro. Você não passa por algo que muda sua vida completamente sem se afetar. E, como compositor, tendo a escrever sobre minha vida muito abertamente. Então, naturalmente, isso tornou parte das músicas.
G1 - Há momentos mais sombrios, mas também parece haver algum otimismo. Como você conseguiu ver esses dois lados da separação?
Ben Gibbard - Acho que você tem que fazer isso para seguir em frente. Divórcios são dolorosos e mudam sua vida. O único jeito de superar é ver além, enxergar a luz no fim do túnel. Tem que ir adiante. Não é algo que eu vou permitir que me afete mais que deveria.
Ben Gibbard - Acho que você tem que fazer isso para seguir em frente. Divórcios são dolorosos e mudam sua vida. O único jeito de superar é ver além, enxergar a luz no fim do túnel. Tem que ir adiante. Não é algo que eu vou permitir que me afete mais que deveria.
G1 - Em 2009 vocês fizeram no Grammy um protesto contra o Auto-Tune e a favor da música ‘autêntica’. Seis anos depois, o Auto-Tune venceu?
Ben Gibbard - Não sei. Eu sinto que, mesmo que haja muita música por aí que é superproduzida, sempre haverá pessoas fazendo música humana. Acho que ainda há pessoas interessadas em canções bem trabalhadas, em produção interessante, e há um elemento humano que sempre vai sobressair nas rádios pop.
Ben Gibbard - Não sei. Eu sinto que, mesmo que haja muita música por aí que é superproduzida, sempre haverá pessoas fazendo música humana. Acho que ainda há pessoas interessadas em canções bem trabalhadas, em produção interessante, e há um elemento humano que sempre vai sobressair nas rádios pop.
G1 - Em 2011, vocês falaram com o G1 sobre um momento bom para bandas de indie rock, como vocês e o Vampire Weekend. Acha que hoje está mais difícil?
Ben Gibbard - Acho que é mais difícil para quem está começando. Há mais bandas do que nunca. Não tem tantas casas de show, tantas horas do dia para as pessoas escutarem música. É muito difícil para quem quer ser notado agora, no meio de tantos outros. Então fico feliz que pudemos começar e ficar conhecidos quando havia menos bandas.
Ben Gibbard - Acho que é mais difícil para quem está começando. Há mais bandas do que nunca. Não tem tantas casas de show, tantas horas do dia para as pessoas escutarem música. É muito difícil para quem quer ser notado agora, no meio de tantos outros. Então fico feliz que pudemos começar e ficar conhecidos quando havia menos bandas.
G1 - Houve muitos boatos nos últimos anos sobre show do Death Cab no Brasil, mas nunca aconteceu. Podemos esperá-los aqui um dia?
Ben Gibbard - Eu amaria tocar no Brasil e espero realmente que seja na turnê deste disco. Não posso dizer o que aconteceu antes, mas vamos ficar na estrada agora por um bom tempo. Não sei se nesse ano poderemos ir ao Brasil – no próximo, talvez
.
Ben Gibbard - Eu amaria tocar no Brasil e espero realmente que seja na turnê deste disco. Não posso dizer o que aconteceu antes, mas vamos ficar na estrada agora por um bom tempo. Não sei se nesse ano poderemos ir ao Brasil – no próximo, talvez
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário