Eu vi um amor. Sim, ando pelas ruas e reparo nas pessoas. Aprendo tanto! Um dia ainda hei apanhar por causa disso. Mas não é esse o tema. O que aconteceu foi que vi um amor e sei bem o que vi. Flagrei-os no mais explícito e desavergonhado ato de amar. Era algo gritante, tanto que não precisaram se beijar ou ficar de mãos dadas para que eu percebesse. Imagine o escândalo social que isto representa: gente que toca amorosamente o outro só de olhar. Amor silenciosamente aos berros!
Você, leitor, não imagine que era desses amores adolescentes cheios de arroubo e fervor. Não, não era. Também não tinha afetações românticas ou manifestações gestuais de um ator canastrão. Não era desses amores vulgares que a gente encontra barato nas bancas afetivas. Era um amor de porte, com sofrimentos mútuos trabalhados pelo cultivo aprofundado de uma relação em maturação. Ali era solo lavrado e vinho no odre. Tanto que não era amor exclusivo. Os amigos podiam se fazer juntos, aninhar-se nos galhos da árvore que quer crescer frondosa. Não tinham obsessão de somente estarem a sós. Era amor convidativo, que chamava a estar perto. Eu, hein! Coisa estranha! Amor que inspira a amar.
Percebi logo de cara. Separados, quando um falou do outro, os olhos mudaram, como que deslocados à presença daquele que ali não estava. E os sorrisos? Eram mais felizes quando juntos. Acreditem em mim. É verdade! Eu vi um amor, jogado ao ar como confete, lançado no tempo como serpentina, ainda que não fosse amor de carnaval. Era digno da mesma mobilização que convoca Drummond pelo rompimento da flor no asfalto. Ali eu parei e fiquei a olhar. Espreitei de soslaio aquele amor. Gente, é simples e pequeno o amor! Parece-se com primeira palavra de criança, guarda nela uma linguagem inteira. Amor botão, primeira flor de primavera!
Play Holi
Com a chegada na Primavera, há na Índia um festival chamado Holi no qual as pessoas lançam pó colorido e água umas sobre as outras. Como o evento acontece no hemisfério norte, entre fevereiro e março, sua popularização no Brasil têm encontrado datas diversas descontextualizadas seja da estação climática seja dos mitos que a acompanham. Porque afinal, o que se quer no ocidente é a festa. O festival das cores serviu de inspiração para uma grande festa que combinará a brincadeira de colorir o outro com a explosão de pó (Gulal) jogado ao alto com parque de diversões. Será o Play Holi, uma mistura de música, adrenalina, cor, diversão e muita alegria na abertura da estação das flores. Será dia 17 de Outubro, à partir das 14h, no Espaço Só Marcas, que fica no bairro Cidade Industrial. Mais informações em http://www.playholi.com.br/.
White Emotion Flowers - Weekend
Também inspirada na Primavera, acontece nos dias 25, 26 e 27, no Mix Garden, uma grandiosa festa que está na 7ª edição, a White Emotion, que traz o tema Flowers para esse ano. Cada dia, a festa na qual todos se vestem de branco contará com um bom time de DJs. No dia 25 (Warm up White Emotion Flowers) tem Mauro Mozart (BH), Maurício Bung (POA) e Thierry (Revolution RJ); dia 26 (White Emotion Flowers), Allan Natal (BH), Grá Ferreira (The Week SP), GSP (Grécia/London) e Erez Ben Islay (Israel); dia 27 (After Oficial Emotion), Enrry Senna (SP), Sandrin Pelagio (RJ) e Michelle Ravesck (BH). Mais informações em http://www.centraldoseventos.com.br/comprar/white-emotion-flowers-26-de-setembro.
Mestrado em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, com pesquisa em Signo e Significação nas Mídias, Cultura e Ambientes Midiáticos. Graduação em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE). Possui Graduação em Filosofia (Bacharelado e Licenciatura) pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora. Experiência na área de Filosofia, com ênfase na filosofia kierkegaardiana.
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