quarta-feira, 25 de novembro de 2015

BM anuncia plano para combater o clima

Segundo o banco, a África é a que mais sofre com o impacto das alterações climáticas.
O Banco Mundial anunciou nesta terça-feira um plano para ajudar a África a enfrentar as mudanças climáticas que custará 16,1 bilhão de dólares, financiados até 2020.
O objetivo é levantar o dinheiro de várias organizações de desenvolvimento, países e parceiros privados, com a Associação de Desenvolvimento Internacional, braço do Banco Mundial que apoia os países mais pobres, fornecendo cerca de US$ 5,7 bilhões, informou o credor com sede em Washington.
A África Subsariana é altamente vulnerável a choques climáticos, e nossa pesquisa mostra que eles podem ter impacto de longo alcance - em tudo, desde a malária e a desnutrição infantil até o aumento dos preços dos alimentos e as secas", disse o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, em comunicado.
O plano será apresentado na COP 21, que começa na segunda-feira em Paris.
Segundo o banco, a África, região que menos contribui para as emissões de gases de efeito estufa do mundo, é a que mais sofre com o impacto das alterações climáticas, incluindo os efeitos devastadores dos padrões climáticos extremos que devastam colheitas e danifica a infraestrutura.
"Esse plano identifica passos concretos que podem ser dados pelos governos africanos para assegurar que seus países não perderão os ganhos duramente conquistados pelo crescimento econômico e pela redução da pobreza e para oferecer alguma proteção à mudança climática", disse Kim.
O plano aponta que a região requer de US$ 5 a US$ 10 bilhões por ano para se adaptar a um aquecimento global limitado a dois graus Celsius.
Entre as iniciativas do plano está a impulsionar a resiliência dos ativos da África, com um enfoque especial no desenvolvimento de pequenos Estados insulares em risco de elevação do nível das águas por causa do aquecimento global.
De acordo com o banco, mesmo um aumento de temperatura de dois graus Celsius, pode haver uma perda de 40% a 80% dos cultivos de milho por cento das áreas de cultivo adequadas na África sub-saariana para o milho, painço e sorgo.
Outro foco é a melhoria das oportunidades para intensificar as fontes de energia de baixo carbono, como sol e geotérmica, e apoiar uma agricultura que ajude a reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa.
AFP

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