segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Papa: "Quem trapaça e semeia joio não é feliz"

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Roma, 02 nov (sirnoticias@hotmail.com) – A felicidade? Alcança-a quem é simples, humilde, manso, sabe chorar, trabalhar pela justiça e a paz, se deixa perdoar por Deus para se tornar instrumento de Sua misericórdia. São indicações do Papa Francisco na missa celebrada no átrio de entrada do Cemitério romano do Vereno na tarde deste domingo, festa de todos os Santos, comentando o evangelho das Bem-Aventuranças.
Com o Pontífice concelebraram o cardeal vicário Agostino Vallini, o arcebispo Filippo Iannone, vice-gerente da Diocese de Roma, e o pároco de São Lourenço fora dos Muros, padre Armando Ambrosi.
“Ouvimos Jesus que ensinava seus discípulos e a multidão reunida sobre a colina às margens do lago da Galileia – começou sua homilia Francisco -. A palavra de Jesus, ressuscitado e vivo, aponta também para nós, hoje, o caminho para chegar à verdadeira felicidade, o caminho que leva ao Céu. É um caminho difícil a ser compreendido porque vai contra a corrente, mas Jesus nos afirma que, quem andar por este caminho, é feliz, antes ou depois torna-se feliz”.
Bem-aventurados os pobres em espírito
«’Bem-aventurados os pobres em espírito porque deles é o reino dos céus’. Podemos nos perguntar – observou – como pode ser feliz uma pessoa pobre de coração, cujo único tesouro é o Reino dos céus. Mas o motivo é exatamente este: que tendo o coração desapegado e livre de tantas coisas mundanas, esta pessoa é ‘esperada’ no Reino dos Céus».
Bem-aventurado quem sabe chorar
«’Bem-aventurados aqueles que choram, porque serão consolados’. Como podem ser felizes os que choram? – perguntou o Papa -. Pois é, quem na vida jamais experimentou a tristeza, a angústia, a dor, jamais conhecerá a força da consolação. Felizes são, no entanto, aqueles que têm a capacidade de se comover, a capacidade de sentir no coração a dor que existe em suas vidas e na vida dos demais. Estes serão felizes! Porque a carinhosa mão de Deus Pai os consolará e os acariciará».
Bem-aventurados os mansos
«’|Bem-aventurados os mansos’. E nós, pelo contrário – sublinhou -, quantas vezes ficamos impacientes, nervosos, sempre prontos a nos lamentar!. Em relação aos outros sempre temos muitas exigências, mas quando exigem algo de nós, reagimos levantando a voz, como se fôssemos os donos do mundo, enquanto na realidade somos todos filhos de Deus». Papa Bergoglio convidou a pensar «àquelas mães e àqueles papais que têm tanta paciência com seus filhos, que ‘os deixam doidos’. Este é o estilo de Deus: o estilo da mansidão e da paciência. Jesus foi por este caminho: quando pequeno suportou a perseguição e o exílio; e, depois, como adulto, as calúnias, as artimanhas, as falsas acusações no tribunal; e sempre suportou tudo com mansidão»; até «a cruz».
Bem-aventurado quem tem fome e sede de justiça
«’Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados’. Sim, aqueles que têm um forte sentido da justiça – destacou- e não só em relação aos outros, mas primeiramente para com sigo mesmos, estes serão saciados, porque estão prontos para acolher a justiça maior, aquela que só Deus pode dar».
Bem-aventurado quem perdoa
Em particular, «’bem-aventurados os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia’. Felizes aqueles que sabem perdoar, que usam de misericórdia com os demais, que não julgam tudo e todos, mas que procuram ficar no lugar dos outros». Porque o perdão é «o que todos temos necessidade, ninguém excluído. Por isso, no início da missa, nos reconhecemos aquilo que somos, isto é pecadores. E não é uma maneira de linguagem, uma formalidade: é um ato de verdade. “Senhor, estou aqui: tem piedade de mim’». E quando alguém for capaz de «dar o perdão aos outros que pede para si mesmo, somos bem-aventurados. Como afirmamos no ‘Pai Nosso’: “Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos demais’».
Bem-aventurado quem semeia a paz
«’Bem-aventurados os que trabalham pela paz, porque serão chamados filhos de Deus’. Olhemos a cara daqueles que andam por aí espalhando joio – destacou – são felizes? Aqueles que buscam sempre as ocasiões para trapacear, para se aproveitar dos demais, são felizes? Não, não podem ser felizes». Por outro lado, «aqueles que todo dia, com paciência, buscam semear a paz, são artesão de paz, de reconciliação, estes são bem-aventurados, porque são verdadeiros filhos do nosso Pai do Céu, que semeia só e unicamente a paz, até enviar ao mundo seu Filho, como semente de paz para a humanidade».
Eis, este é «o caminho da santidade, é o mesmo caminho da felicidade», destacou Francisco. É o caminho feito por Jesus, ou melhor: «É ele mesmo este Caminho: quem anda com Ele e passa através dEle entra na vida, na vida».
E seguida o Papa exortou: «Peçamos a Jesus a graça se dermos pessoas simples e humildes; a graça de saber chorar, a graça de sermos pacientes, a graça de trabalhar pela justiça e a paz, e, sobretudo, a graça de nos deixarmo-nos perdoar por Deus, para sermos instrumentos de sua misericórdia».
E os santos se comportaram desta maneira: «Eles nos acompanham em nossa caminhada terrena, nos incentivam a ir adiante –A intercessão deles – afirmou na conclusão – nos ajude a caminha pelo caminho de Deus, nos obtenha a felicidade eterna para os nossos irmãos e irmãs falecidos, pelos quais oferecemos esta Missa».
SIR

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