segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Após reunião, líder diz que governo vai trabalhar para 'interditar o golpe'

José Guimarães (PT-CE) disse que tese do impeachment é 'inconsistente'.
Líderes de partidos aliados se reuniram com Berzoini para tratar do assunto.

Filipe MatosoDo G1, em Brasília

O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta segunda-feira (7), após reunião com o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, que o governo e os líderes da base aliada irão trabalhar para "interditar o golpe" e para "desconstruir" a tese do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Na última quarta (2), o presidente da Câmara,Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou a autorização para a abertura do processo de impeachment.
Nesta segunda, a base aliada se reuniu com Berzoini para discutir os nomes que as legendas aliadas ao governo têm escolhido para indicar para a comissão especial destinada a analisar o impedimento de Dilma.
"O governo vai trabalhar e nós, líderes da base, e eu líder do governo, com o ministro Berzoini, vamos trabalhar para dar à comissão aquilo que é a necessidade do país, que é interditar o golpe. É isso que vamos fazer", disse Guimarães após o encontro.
"A avaliação, eu diria, quase que unânime, é de que o ambiente político no país é muito favorável à desconstrução da tese do impedimento por razões políticas e razões jurídicas. [...] Vamos desconstruir, política e juridicamente, essa tese do impedimento porque ela é inconsistente", completou o petista.
Comissão especial
A comissão será composta por 65 integrantes titulares e igual número de suplentes indicados pelos partidos de acordo com o tamanho das bancadas. Caberá à comissão proferir parecer pela continuidade ou não do processo, que depois precisará ser votado em plenário.
Os trabalhos da comissão especial devem começar nesta terça (8), com a eleição do presidente e do relator. Com a instalação da comissão, Dilma será notificada e começará a contar o prazo de dez sessões da Câmara para que ela apresente a sua defesa.
Impeachment Dilma trâmite arte (Foto: Arte/G1)

 

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