quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Santa Sé analisa Vaticano II à luz das experiências dos padres conciliares


Agência Ecclesia 01 de Dezembro de 2015
Concilio Vaticano II
Concilio Vaticano II

Com um congresso internacional em Roma

Cidade do Vaticano, 01 dez 2015 (Ecclesia) – O Comité Pontifício de Ciências Históricas, da Santa Sé, vai organizar entre 9 e 11 de dezembro um congresso internacional sobre o Concilio Vaticano II e os seus protagonistas.

Segundo um comunicado publicado hoje pelo serviço informativo da Santa Sé, a ideia é refletir sobre o trabalho dos “padres conciliares” e dos que “desempenharam um papel relevante na formulação das suas convicções, tanto ao nível das conferências episcopais como da comunidade de pensamento”.

“Como viveram os padres conciliares o Concílio? Que experiência pessoal é que tiveram? Em que medida essa experiência condicionou a sua forma de entender a Igreja Católica, a sua missão de bispos? Pode-se falar de uma simples evolução ou de uma verdadeira conversão”, serão algumas das questões em debate.

A organização realça que “os apontamentos pessoais dos padres conciliares”, já analisados num anterior congresso, “permitem perceber a linha de pensamento que seguiram até chegarem às diretrizes que deram origem aos 16 documentos que saíram do Concílio Vaticano II”.

Intitulado “O Concílio Vaticano II e seus protagonistas à luz dos arquivos”, o evento pretende demonstrar que a grande assembleia realizada entre 1962 e 1965 “não foi apenas marcada pela diversidade mas também pela divergência de opiniões”.

“A unanimidade fortemente defendida pelo Papa Paulo VI, no que toca à aprovação dos documentos conciliares, deixou na sombra as opiniões de uma minoria muito bem organizada”, pode ler-se.

Com este congresso, pretendeu-se também dar voz “a alguns dos protagonistas dessas correntes” e perceber como o equilíbrio de opiniões foi mudando desde o início e o fim do Concílio.

“Para explicar esta mudança, sem cairmos numa trama ou hipótese de complot”, explica Philippe Cheneaux, membro do Comité, “é fundamental recorrer à experiência conciliar”.

Aquele responsável lembra as palavras do Papa João Paulo II, segundo as quais o Vaticano II “teve um significado único e irrepetível”.

“Para muitos bispos, mais do que uma experiência extraordinária de comunhão, o Concílio foi também uma escola de atualização teológica”, frisa Philippe Cheneaux.

O congresso internacional vai também ficar marcado por uma invocação dos 50 anos da conclusão do Concílio Vaticano II.

Ocasião que sentará à mesma mesa o padre Bernard Ardura, presidente do Comité Pontifício de Ciências Históricas, padre Bernard Ardura; o cardeal Georges Cottier, teólogo emérito da Casa Pontifícia e vários representantes de Igrejas cristãs.

No final será também lida uma mensagem do rabino chefe de Roma, Riccardo Di Segni.

JCP

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