sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Mestres da economia (10): John K. Galbraith

Marcus Eduardo de Oliveira

John Kenneth Galbraith foi professor, diplomata e um dos mais respeitados economistas do século XX, seguidor das ideias de John Maynard Keynes.
Galbraith licenciou-se pelo Colégio de Agricultura de Ontário, hoje Universidade de Guelph, e posteriormente fez o mestrado e o doutorado na Universidade da Califórnia em Berkeley.
Foi um dos primeiros economistas a tornar-se um "best-seller", com obras voltadas ao público, e não restritas, especificamente, ao mundo acadêmico e universitário.
Em 1929, Galbraith assistiu a quebra da bolsa de Nova York, que provocou a grande depressão dos anos 1930 e considerou que a atitude pública que antecedeu a crise e a busca de informações confidenciais que levassem a um rápido enriquecimento foram as principais causas do desastre financeiro.
Em 1937, Galbraith naturalizou-se norte-americano. Como consultor do presidente Franklin D. Roosevelt (1933-1945) participou da política para reativar a economia americana.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1937-1945), Galbraith foi vice-diretor de administração de preços do governo. Após a guerra, tornou-se conselheiro da administração na Alemanha e no Japão.
Galbraith foi nomeado professor de economia na Universidade de Harvard em 1949 e tornou-se também editor da revista "Fortune". Conselheiro e amigo pessoal do presidente John F. Kennedy, Galbraith foi embaixador na Índia entre 1961 e 1963.
Além do apoio econômico ao governo indiano e ao desenvolvimento do país, ele ajudou a estabelecer uma das primeiras faculdades de ciências de computação no Instituto Indiano de Tecnologia em Kanpur, no Estado indiano de Uttar Pradesh.
Presidiu a American Economic Association, em 1972. Indicado para o Nobel de economia em 2003, não conquistou o prêmio. Galbraith escreveu mais de 40 livros sobre uma ampla gama de assuntos.
Suas principais obras são: "O Capitalismo Americano" (1952), "A Sociedade Afluente" (1958) e "O Novo Estado Industrial" (1967), no qual ele afirma que poucas industrias nos EUA se enquadram no modelo da concorrência perfeita.
O economista criou sua própria linha de pensamento dentro da academia norte-americana. Era cético diante das extravagâncias da teoria econômica quando não justificadas pelos dados empíricos. Ao defender o gasto em bens públicos e atacar o poder excessivo das grandes corporações, diversas vezes foi associado à esquerda e à oposição a teoria neoclássica.
Galbraith morreu aos 97 anos, de causas naturais, no Hospital Mount Auburn em Cambridge, Massachusetts, EUA.
(Fonte: Uol – Educação)
Marcus Eduardo de Oliveira é economista e ativista ambiental | prof.marcuseduardo@bol.com.br

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