Agência Ecclesia 13 de Março de 2016, às 09:00
D. Virgílio Antunes e D. Manuel Quintas saúdam o Papa eleito a 13 de março de 2013
“Parece-me que introduziu um novo estilo, uma nova maneira de ser e uma nova maneira de estar, não só enquanto Papa mas na Igreja e como Igreja, que tem conseguido despertar em todos nós o desejo de ensaiarmos novos modos de ser e de estar em Igreja”, refere à Agência ECCLESIA.
“Tanto os acontecimentos, como as palavras, as viagens, estão ao serviço desta dinâmica, deste novo modo de ser e de estar, que acaba por ter um efeito muito positivo, estimulante, na vida da Igreja Católica”, acrescenta.
A titulo pessoal, o bispo de Coimbra diz que o momento mais marcante dos últimos meses foi o encontro na visita ad Limina, em setembro de 2015, concretamente no “grupo de diálogo” com o Papa.
“Sentamo-nos todos num círculo junto do Papa, como irmãos, e pudemos falar à vontade, dialogar. Sentiu-se que era um homem que queria ouvir, disponível para escutar e que também tinha a sua palavra a dizer, naturalmente, numa atitude de diálogo”, relata.
“Foi um momento absolutamente único, que eu não esperaria poder ter na relação com o Papa da Igreja Católica”, confessa D. Virgílio Antunes.
Para o responsável, o futuro imediato traz vários desafios para a Igreja Católica, no mundo e em Portugal, como a “questão do ser comunidade cristã, que ainda é uma coisa muito vaga, o sentido de pertença à Igreja”.
“Há caminhos que é preciso percorrer e há muitos temas de grande importância para os quais o Papa nos vai dando algumas aberturas, exigindo inclusivamente a nossa reflexão”, conclui.
Já o bispo do Algarve recorda à Agência ECCLESIA que pouco tempo depois da eleição do cardeal Jorge Mario Bergoglio como Papa, observando os seus “gestos e a sua mensagem” disse “espontaneamente” que “era verdadeiramente um dom de Deus”.
A “lufada e esperança”, que veio da América do Sul, era um dom “não apenas” para a Igreja Católica mas para o mundo, pelo seu “estilo próprio”.
“Cada um de nós tem um estilo de viver também a dimensão da fé e de a exprimir. O do Papa era profundamente enriquecedor e correspondia até às necessidades, anseios, que muitos de nós sentimos no que diz respeito à vivência, ao testemunho e celebração também da fé”, explicou D. Manuel Quintas.
Segundo o prelado, por tudo o que Francisco refere a cada um, “pela palavra e sobretudo pelos gestos e sinais que apresenta”, continua a “ser um dom para todos”.
“Penso que ele está a humanizar o serviço, o seu ministério petrino. Ou seja, o modo como se relaciona com as pessoas, simples, afetuoso, a dimensão que acentua, desde o primeiro dia, da misericórdia, do perdão”, exemplifica.
Neste contexto, D. Manuel Quintas destaca que “tudo” em Francisco tem constituído uma “lufada de ar fresco, de esperança”, que é a ação do espírito que “através dele está a arejar e a rejuvenescer a todos”.
JCP/CB
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