sábado, 14 de maio de 2016

Contaminação em lagoa que abastece Manágua

Obra põe em risco a qualidade das águas e o abastecimento seguro de 60.330 pessoas.
Obra de drenagem lança águas residuais em um depósito localizado a 200 metros de Asososca.
Obra de drenagem lança águas residuais em um depósito localizado a 200 metros de Asososca.
A organização ambientalista Centro Humboldt alertou nesta semana que mais de 60.000 nicaraguenses que consomem água da lagoa de Asososca, que abastece parte da capital, Manágua, correm risco de contaminação devido a um sistema de drenagem pluvial construído nas suas proximidades.
A obra "põe em alto risco a qualidade das águas da lagoa de Asososca e o abastecimento seguro de 60.330 pessoas", indicou a organização com base em um estudo que foi apresentado em uma coletiva de imprensa em Manágua.
De acordo com a pesquisa, as autoridades da capital construíram entre 2010 e 2015 uma obra de drenagem pluvial que lança suas águas residuais em um depósito localizado a 200 metros de Asososca.
O estudo encontrou vazamentos de produtos agroquímicos e outros resíduos na lagoa, destacou o diretor do Centro Humboldt, Víctor Campos, durante a apresentação.
Asososca é um reservatório de água doce de origem vulcânica usado desde 1934 para abastecer de água potável mais de 10% dos habitantes da capital.
Na Nicarágua, 80% dos lares têm acesso à água potável.
Outro estudo, realizado pela Universidade Nacional de Engenharia, revelou a existência de arsênico na maior parte da água potável consumida em todos os departamentos do país, com exceção de Manágua.
A ingestão de arsênico durante vários anos pode causar dores abdominais intensas, gastroenterite, diarreia e taquicardia, disse recentemente o líder da pesquisa e especialista em tratamento de águas residuais Sergio Gámez ao jornal Nuevo Diario.

AFP

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