sábado, 14 de maio de 2016

Tuitaço contra a PEC que afrouxa a lei ambiental

A proposta retira a obrigação de realização do processo de licenciamento ambiental.


Se aprovada, a PEC prejudicará o meio ambiente e as coletividades locais.
Se aprovada, a PEC prejudicará o meio ambiente e as coletividades locais.
O Ministério Público Federal vai promover, na próxima segunda-feira (16), a partir das 15h, um tuitaço contra a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 65, de 2012 (PEC 65/2012). Na prática, a proposta descaracteriza e retira a obrigação de realização do processo de licenciamento ambiental e impede o controle posterior sobre o cumprimento das obrigações socioambientais pelo empreendedor. Para o Ministério Público Federal, a PEC 65/2012 "subverte o Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA) e fulmina o devido processo de licenciamento ambiental, atualmente composto por três fases".

Com a hashtag #PEC65Não, o tuitaço quer dar visibilidade ao tema para que a sociedade saiba do que se trata e de como essa proposta, se aprovada, pode prejudicar o meio ambiente e as coletividades locais, segundo o Ministério Público Federal.

A ação no Twitter faz parte da mobilização, em todo país, "pela eficácia do licenciamento ambiental". Além de publicações em redes sociais, a Procuradoria da República articula uma ação coordenada com a realização de audiências públicas, em parceria com os Ministérios Públicos Estaduais e demais agentes locais, "para dar ampla publicidade ao tema, debatê-lo com a sociedade e alertar para os riscos da aprovação da PEC 65/2012".

Além da PEC, serão debatidas outras propostas de alterações de atos normativos referentes ao Licenciamento Ambiental em tramitação no Congresso - PLS nº 654/2015 do Senado Federal e PLC nº3729/2004 e apensos da Câmara dos Deputados -, bem como a proposta de alteração das Resoluções 01/1986 e 237/1997, em tramitação no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Procuradores da República que atuam nessa área já apresentaram argumentos contrários à aprovação da proposta. Em vídeos publicados no canal do MPF no You Tube, os procuradores explicam que a PEC "é um retrocesso às leis ambientais já consolidadas".

Em depoimento gravado, a coordenadora da 4ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, subprocuradora-geral da República Sandra Cureau, observa que "se a tragédia de Mariana (MG) ocorreu mesmo tendo havido licenciamento ambiental, imagina o que pode ocorrer se não for obrigatório o licenciamento".

Além de Sandra Cureau, os procuradores da República no Rio de Janeiro Felipe Bogado, Leandro Mitidieri e Monique Checker, e o procurador regional da República João Akira (PRR1) concordam que a mera apresentação de um estudo de impacto ambiental para autorizar a realização de uma obra, como prevê a PEC 65, fragiliza ainda mais o sistema de garantias e direitos.

Como participar:

1- Participe do tuitaço #PEC65Não, dia 16/05, às 15h! Vamos chamar a atenção para o tema!

2- Divulgue nas redes sociais

3- Publique informações em outros ambientes: blogs, artigos, listas de discussão, fóruns

4- Divulgue a consulta pública que está sendo feita pelo Senado: https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaotexto?id=12044 6.

Agência Estado

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