Agência Ecclesia 13 de Junho de 2016, às 14:51
Santuário de Fátima
Arcebispo italiano presidiu à procissão de velas da Peregrinação Internacional de junho no Santuário
Fátima, Santarém, 13 jun 2016 (Ecclesia) – O presidente do Comité para os Congressos Eucarísticos Internacionais disse este domingo em Fátima que ser cristão “é principalmente uma experiência, encontrar e conhecer o Senhor Jesus.
“Na verdade, nós somos cristãos não porque dizemos que somos crentes, ou porque nos sentimos melhor do que os outros, mas porque encontramos o Senhor Jesus na comunidade dos irmãos”, disse D. Piero Marini que presidiu à procissão das velas da Peregrinação Internacional Aniversária de junho.
Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, o arcebispo italiano explicou que Jesus “não é apenas um mestre que ensina”, como muitos na história, mais distante ou recente, mas é, sobretudo, alguém que quer reunir “uma comunidade, para estabelecer uma comunhão de amor, de fraternidade, de vida”.
“A vida cristã, o ser cristão, não é apenas uma profissão de fé, mas é principalmente uma experiência: encontrar e conhecer o Senhor Jesus”, sublinhou o prelado que na homilia recordou a sua participou na Beatificação dos pastorinhos Jacinta e de Francisco, a 13 de maio de 2000, em Fátima.
D. Piero Marini relembrou também que na mesma data conheceu a irmã Lúcia, na sacristia da Basílica de Nossa Senhora do Rosário num encontro que a religiosa carmelita teve com o Papa São João Paulo II.
O presidente do Comité para os Congressos Eucarísticos Internacionais destacou e diferenciou na sua homilia, a partir do Evangelho deste domingo, a atitude da “generosidade da pecadora” para com Jesus da “frieza do dono da casa”, um fariseu: “O Senhor condena a nossa indiferença, a nossa falta de amor, a nossa frieza. Acolhamos com humildade a repreensão do Senhor.”
“Os gestos de amor da mulher pecadora devem tornar-se gestos de amor de toda a nossa vida, porque o Senhor Jesus nos perdoou todas as dívidas, Ele nos amou primeiro”, acrescentou, observando que o Evangelho levanta questões que se aplicam a todos - bispos, sacerdotes, religiosos, fiéis leigos.
“Viemos aqui a Fátima para celebrar o Congresso Eucarístico, para participar na Eucaristia, para visitar a capela da Virgem Maria. No final de tudo isto, continuamos a ser os mesmos de antes, como o fariseu, ou sentimos a necessidade de mudar de vida”, questionou D. Piero Marini.
A Peregrinação Internacional Aniversária de junho no Santuário de Fátima tem como tema ‘Bendito seja Deus que nos cumula de bens’ e o prelado explicou que interessa compreender que a mensagem de Fátima é “essencialmente” uma mensagem para a “conversão no seguimento do que é dito no Evangelho”.
“Cada vez que vimos a Fátima é importante compreender bem o que nos diz o Evangelho proclamado e interrogarmo-nos sobre a relação que temos com o Senhor Jesus”, assinalou.
Segundo o Serviço de Informação do Santuário de Fátima inscreveram-se 36 grupos de peregrinos oriundos de nove países na peregrinação Aniversária Internacional de junho que terminou hoje com a Eucaristia presidida pelo prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, o cardeal brasileiro D. João Braz de Avis.
Os dois responsáveis da Santa Sé estiveram em Portugal para participarem no quarto Congresso Eucarístico Nacional que teve como tema ‘Viver a Eucaristia Fonte de Misericórdia’, entre 10 e 12 de junho e foi promovido pela Conferência Episcopal Portuguesa, o Apostolado da Oração e o Santuário de Fátima.
CB
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