sábado, 18 de junho de 2016

«Laudato Si»: Faz um ano que o Papa apresentou encíclica que surpreendeu o mundo

Agência Ecclesia 18 de Junho de 2016, às 15:18   
(Lusa)     
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Documento vai estar em análise no Programa ECCLESIA deste domingo, na Antena 1

Lisboa, 18 jun 2016 (Ecclesia) – Cumpre-se hoje o primeiro aniversário da apresentação pública, por parte do Papa Francisco, da sua encíclica “Laudato Si: Sobre o Cuidado da Casa Comum”, a primeira também que a Igreja Católica dedicou ao tema da Ecologia.

Na data do seu lançamento, o documento surpreendeu o mundo pela forma como o Papa fazia depender o combate à pobreza, à desigualdade e a outras injustiças sociais, da adoção de uma “ecologia integral” que salvaguarde também o planeta para as gerações futuras.

“As crises económicas internacionais mostraram, de forma atroz, os efeitos nocivos que traz consigo o desconhecimento de um destino comum, do qual não podem ser excluídos aqueles que virão depois de nós”, salienta Francisco na referida encíclica.

O Papa argentino aponta ainda que “já não se pode falar de desenvolvimento sustentável sem uma solidariedade intergeracional”.

Nesse sentido, a encíclica fala de uma lógica nova, “do dom gratuito”, na relação com a Terra.

“Se a terra nos é dada, não podemos pensar apenas a partir de um critério utilitarista de eficiência e produtividade para lucro individual”, frisa Francisco.

A encíclica “Laudato Si” vai estar em destaque no Programa ECCLESIA deste domingo, a partir das 6h00 na Antena 1, com uma abordagem do professor Filipe Duarte Santos, especialista em Física pela Universidade de Lisboa.

Para o docente, aquele documento vai certamente marcar a reflexão na área social e ambiental pelo menos “até ao fim deste século”.

“Os temas que aborda, dadas as circunstâncias, não se vão resolver num ano ou em dois, nem daqui a 10 anos”, disse Filipe Duarte Santos, em entrevista a uma das edições mais recentes do Semanário ECCLESIA.

Este especialista realça a forma como a encíclica alerta para temáticas que normalmente não eram abordadas pela Igreja Católica.

Uma mudança “muito bem-vinda para toda a humanidade”, complementa.

JCP

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