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Nomeação e posse devem acontecer nos próximos meses.
Dayane Reis cursa o sétimo período na Dom Helder Câmara.
A aluna Dayane Reis, que cursa o sétimo período na Dom Helder Câmara, conquistou o segundo lugar em concurso para técnico do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O resultado foi homologado na última semana, trazendo mais expectativa para a estudante. “Quando divulgaram o concurso, a previsão para a posse era agosto de 2016. Então tivemos essa mudança drástica de governo, que trouxe muita instabilidade. Não sabemos ao certo, mas a homologação é uma ótima notícia!”, compartilhou Dayane. Segundo sites especializados em concursos públicos, a nomeação e posse devem acontecer nos próximos meses.
Será então momento de nova – e merecida – comemoração. Para conquistar a vaga, Dayane abriu mão de concorrido estágio no Ministério Público Federal (MPF) e das aulas na Dom Helder. “Eu nem tranquei o curso, sai mesmo, porque não sabia o que ia acontecer, quanto tempo ficaria por conta dos estudos. Imagina, eu passava as minhas manhãs e noites aqui, conhecia todo mundo. Chorei demais, parecia que tinham arrancado um pedaço de mim! Mas eu tinha certeza que eu ia voltar, assim que fosse aprovada”, contou a estudante.
E voltou, mais rápido do que o esperado. Dayane deu início à rotina de preparação em janeiro deste ano, realizou a prova do INSS em maio e recebeu a notícia da aprovação em junho. “Foi o meu primeiro concurso, minha primeira tentativa. Precisei de coragem e força para largar o estágio e a faculdade, mas era minha única chance. Dediquei mesmo, estudando 12h por dia. Às vezes, aos sábados e domingos, era um pouco menos. Mas não passei um dia sequer sem estudar”, afirmou. Resultado: a estudante superou 10 mil concorrentes e conquistou uma das duas vagas disponíveis para a Gerência Executiva de Belo Horizonte. Neste mês, retomou sua caminhada acadêmica na Dom Helder.
Motivação
Uma faculdade que ama, o ‘estágio dos sonhos’. Por que então prestar concurso agora, e não depois da formatura? “Muita gente me fez esse questionamento. Tenho duas colegas que são concursadas e acompanho a tranquilidade delas. É difícil para um advogado recém-formado encontrar um emprego bom, logo de cara. Então vivemos nessa insegurança, e elas numa estabilidade só. Queria isso também”, contou Dayane.
Além disso, a aprovação em um concurso possibilitaria uma mudança para Belo Horizonte e uma rotina menos desgastante. Atualmente, a estudante mora em São Joaquim de Bicas, município da região metropolitana localizado a 45 quilômetros de Belo Horizonte.
“Levantava às 4h40, passava o dia todo fora, dormia 4h por noite. Não estava aguentando o ritmo: aula pela manhã, estágio, mais estudos. Eu era monitora, participei do movimento Ecos, muitas vezes nem almoçava. Saía do MPF e voltava para a faculdade, estudava de 18h às 22h30, enquanto esperava de minha carona. Não compensava voltar de ônibus. Ai encostava na cama e era hora de acordar novamente”, explicou.
Mesmo prevendo que a rotina de preparação para concursos seria ainda mais puxada, ‘era a chance de mudar’. Dayane já não podia contar com o auxílio financeiro do pai, hoje hospitalizado, para pagar os estudos. Mas sempre contou com suporte e apoio emocional de toda a família. “A sugestão de deixar o estágio e a faculdade foi do meu marido. Ele me ajudava muito, sempre levava um presentinho para casa, pra eu não desanimar. O incentivo da família foi importantíssimo”, ressaltou.
Diferencial
Para a sua nova rotina, com 12h diárias de estudos, Dayane providenciou materiais mais direcionados, com as disciplinas exigidas pelo concurso. Utilizou também toda a experiência e conhecimentos adquiridos na Dom Helder Câmara.
“A Escola é muito preocupada com a formação do aluno, oferece palestras, seminários. Além de orientar os estudos, eles ajudam a controlar o emocional, que muito influencia na realização de qualquer tipo de prova. Por exemplo, o seminário ‘Como estudar melhor’, a oficina ‘Acadêmico Nota 100’, entre outras. Eu participava de tudo!”, disse, com orgulho. A estudante destacou também o suporte recebido dos professores durante todo o trajeto.
Outro fator positivo apontado por Dayane foi o fato de a Escola adotar provas na maior parte do processo de avaliação. “Praticamente não gastamos o tempo em aula ou em casa fazendo trabalhos, estudamos para provas. E em contra partida, temos os grupos de pesquisa. Bem melhor!”, afirmou.
Veja abaixo outros trechos da entrevista com Dayane:
Anotações
“No meu primeiro período, a pró-reitora ministrou uma pequena palestra sobre estudos em que enfatizou a importância de se dedicar, recebemos um encarte explicando a importância de fazer anotações. Eu coloquei em prática tudo aquilo e tenho certeza que eu só consegui estudar com qualidade por 10-12 horas diárias durante minha preparação para o concurso porque eu já tinha me adaptado a esse ritmo”.
Desafios
“O mais difícil não era estudar, não tinha dor no corpo ou problemas assim. Era o emocional. Aquele questionamento: ‘larguei tudo, será que vai dar certo? ’ Peguei a segunda maior concorrência do país. Você precisa ter força de vontade, porque vai encontrar pessoas em seu caminho, muito queridas, que vão te falar: ‘eu acho que você está fazendo a coisa errada. Que loucura!’. Mas só a gente sabe pelo o que estamos passando”.
Planos e sonhos
“Agora pretendo me mudar para Belo Horizonte, acabar a faculdade, fazer um concurso de nível superior e meu mestrado. Quem sabe realizo meu grande sonho de ser professora na Dom Helder? Gosto do contato com a turma, do meio acadêmico, de ensinar os colegas. Gostaria muito de dar aulas aqui, futuramente”.
Qualidade da Dom Helder
“Só pode ser o reflexo de uma coordenação dedicada e organizada. Gente que dá o sangue pelo que faz. Admiro!”
Patrícia Azevedo/Redação Dom Total
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