quinta-feira, 11 de agosto de 2016

ONU pede contenção nos anúncios para menores


Especialistas em direitos humanos alertam para a cultura de «alto consumo e de endividamento» que alguns anúncios podem incutir nas crianças. E pedem o reforço da regulamentação para a publicidade

A proximidade da celebração do Dia Internacional da Juventude, que se assinala sexta-feira, 12 de agosto, foi aproveitada por dois especialistas das Nações Unidas em direitos humanos para fazerem um alerta para os perigos que a publicidade pode ter nos menores.

Segundo os peritos, as mensagens publicitárias «têm o potencial de formar o hábito de consumo e financeiro das crianças a longo prazo» e «estão aumentar em número e alcance». O resultado pode ter consequências mais tarde, quando essas crianças, já adultas, se sentirem estimuladas a comprar produtos ou serviços desnecessários sem se importarem com as finanças.

Por outro lado, muitos dos anúncios direcionados aos menores promovem o consumo de alimentos não saudáveis, com alto teor de açúcar e pouco valor nutritivo, e levam as crianças a pressionar os pais para comprarem artigos que estão fora do orçamento familiar e não têm grande utilidade pedagógica.

Alguns países já proibiram a propaganda televisiva para crianças em determinados horários ou relacionados com os programas infantis. Mas há ainda muito a fazer a nível mundial para proibir a publicidade, promoção ou patrocínio de fabricantes de bebidas alcoólicas, tabaco e alimentos não saudáveis em escolas e em eventos dirigidos a crianças, realçam os especialistas da ONU.

Fátima Missionária

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