"Quem sou eu para desafiar a Deus pela belíssima diversidade da família humana?"
Washington, 14 set - Tim Kaine, católico e candidato do Partido Democrata à vice-presidência dos Estados Unidos, disse recentemente que acredita que a Igreja eventualmente pode mudar sua posição sobre a união homoafetiva.
Segundo informações da Associated Press, Kaine, que está se candidatando junto com Hillary Clinton, disse no dia 10 de setembro: "Acredito que isso deve mudar, porque minha igreja também me ensina sobre um criador que, no primeiro capítulo do Gênesis, viu todo o mundo, incluindo a humanidade, e disse "que era muito bom'".
Suas declarações foram feitas durante o discurso principal no jantar nacional da Human Rights Campaign, um influente grupo de ativismo LGTBQ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e 'queer') em Washington D.C.
Kaine citou a frase do Papa Francisco "quem sou eu para julgar?", e logo disse: "quero acrescentar: quem sou eu para desafiar a Deus pela belíssima diversidade da família humana? Acredito que devemos celebrá-la e não desafiá-la".
Quando Human Rights Campaign anunciou que Kaine daria o discurso principal em seu jantar nacional, o presidente do grupo disse: "como parte da fórmula presidencial mais pró-igualdade na história americana, Tim Kaine ajudará a assegurar outros quatro anos de progressos sem precedente para a igualdade LGBTQ neste país e no mundo inteiro".
Kaine participa da paróquia St. Elizabeth, na Diocese de Richmond, localizada no estado da Virginia, mas causou controvérsia junto a setores católicos devido às suas posições na política. Pessoalmente se opõe ao aborto, mas recebeu apoio da Planned Parenthood Action Fund, braço político do maior provedor de serviços reprodutivos dos Estados Unidos, a Planned Parenthood Federation of America, que foi acusada de traficar órgãos e tecidos de bebês abortados em suas instalações.
Além disso, Kaine obteve uma qualificação perfeita em 2015, por parte da organização NARAL Pro-Choice America, que integra o movimento pró-escolha acerca do aborto. Votos que iriam para sua chapa junto a Hillary Clinton, outra pró-escolha e promotora dos direitos femininos nos Estados Unidos e outros países.
Recentemente, circulou a informação de que o candidato à vice-presidência disse em privado a Hillary Clinton que apoiaria a anulação da emenda Hyde, uma política de 40 anos que institucionalizou a visão de congressistas de que mesmo abortos clinicamente necessários não deveriam ser considerados cuidados de saúde.
Contudo, o candidato, que é senador pela Virginia, votou contra uma proibição de abortos de bebês a partir da 20ª semana de gestação em uma sessão do senado americano antes da viagem do Papa Francisco aos Estados Unidos, em setembro de 2015.
Como governador da Virginia, Kaine pessoalmente se opôs à pena de morte, mas durante sua gestão foram realizadas 11 execuções e apenas uma pena de morte comutada a outra penalidade.
ACIPRENSA / Dom Total
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