Padre Geovane Saraiva*
Nas construções antigas, a pedra
angular era tida como a pedra fundamental, a primeira a ser assentada na
esquina de um edifício, formando um ângulo reto entre duas paredes. Ela servia
para definir a colocação das outras pedras e alinhar toda a construção. O
edifício, ao qual nos referimos por analogia, é Jesus Cristo, compreendido aos
olhos da fé e também da razão como a pedra angular, aquela que os pedreiros
rejeitaram (cf. Sl 117, 22), ao qual por inúmeras vezes o Livro Sagrado se
refere.
O templo é sagrado, visto como local
apropriado para o ser humano se relacionar com Deus, no seu projeto de amor e naquilo que a Igreja
ensina. No Antigo Testamento temos o templo construído por Salomão como lugar
por excelência de encontro com Deus. Naquele lugar santo guardava-se a Arca da
Aliança, sinal claro da presença do Senhor no meio do seu povo. O maravilhoso
nesse contexto indizível é perceber que o templo, que é guiado e sustentado pelo
Espírito de Deus, prefigura a Igreja, a Sião ou a Jerusalém Celeste.
Como é maravilhoso pensar na Igreja, na sua
índole servidora, tendo Cristo como pedra angular, e em seus seguidores como
comunidade a caminho da salvação que vive da fé e da esperança, constituída de
voluntários - pessoas generosas e disponíveis! Desses seguidores são exigidas
renúncia e doação, e eles são voltados exclusivamente para Jesus de Nazaré,
caminho, verdade e vida.
*Pároco de Santo Afonso, Jornalista, Vice-Presidente da
Previdência Sacerdotal, integra a Academia Metropolitana de Letras de
Fortaleza - geovanesaraiva@gmail.com
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