quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Lutero e sua marca na História

Padre Geovane Saraiva*
A imagem pode conter: 1 pessoa, sorrindo, ternoA comemoração dos 500 anos da Reforma Protestante só enriquece a caminhada do povo de Deus, com figuras que marcaram em profundidade a História, as quais foram geniais, e por isso mesmo exerceram uma decisiva influência sobre a nossa civilização cristã.

Agradecemos ao bom Deus por Martinho Lutero (1483-1546), que, sendo ele uma dessas pessoas durante alguns séculos, significou para a grande maioria dos católicos um rebelde, um herege, o herege por excelência, aquele que provocou, na Igreja, o cisma do Ocidente e levou, com suas heresias, muitas almas à perdição. Mas, para os protestantes, pelo contrário, ele foi um “segundo Paulo”, que redescobriu o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, tirando-o de baixo da mesa, colocando-o em um lugar de destaque, em lugar bem alto e elevado.

Os protestantes acentuam a profunda religiosidade do reformador. Em 1970, chegou-se a dizer que “Lutero era mais católico do que se imaginavam...”. Estava longe dele a ideia de uma separação da Igreja. Na luta em favor do Evangelho, não só contribuiu substancialmente para a purificação da Igreja Católica, mas também para o aprofundamento das questões básicas: a Sagrada Escritura; a fé; a consciência e a existência cristãs.

Depois do Concílio Vaticano II (1962-1965), num desejo de encontrar a unidade, o bispo católico de Copenhagen (Dinamarca), Hans L. Martensen, em uma Conferência sobre “Lutero e Ecumenismo hoje”, declarou que também “católicos reconhecem hoje que Lutero, como outros, foi um teólogo genial e de grande influência na História. Que permaneça sempre mais gravada na mente e no coração da criatura humana a postura inigualável de Martinho Lutero, homem de marcas indeléveis, sábio, corajoso e patrimônio da humanidade.

*Pároco de Santo Afonso e vice-presidente da Previdência Sacerdotal, integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza - geovanesaraiva@gmail.com

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