Agência Ecclesia 28 de Novembro de 2017, às 08:29
Foto: Osservatore Romano
Francisco encontra-se com Aung San Suu Kyi e outros responsáveis políticos no país
O encontro, que não estava originalmente previsto no programa oficial, decorreu em Rangum, maior cidade birmanesa, com responsáveis budistas, islâmicos, hindus, judaicos e das várias Igrejas cristãs.
No refeitório do paço arquiepiscopal, Francisco disse aos presentes que todos são “irmãos”.
“Não devemos ter medo das diferenças, cada um tem os seus valores, a sua riqueza e as suas falhas. O mesmo vale para as religiões: unidade não é uniformidade, mas antes uma harmonia”, indicou.
O Papa contestou uma tendência ideológica para a “uniformidade”, que considerou como “colonização cultural”, e pediu respeito pelas “diferenças étnicas e religiosas”, a fim de promover o diálogo.
Mianmar é a primeira paragem da viagem à Ásia, que se prolonga até 2 de dezembro, passando pelo Bangladesh.
As duas nações estão no centro da crise humana que atinge a minoria rohingya, muçulmana, em fuga de Mianmar para o Bangladesh, que já abriga mais de 600 mil integrantes dessa comunidade.
Após ter recebido esta segunda-feira o líder do exército de Mianmar, o Papa encontrou-se hoje com o líder budista Sitagu Sayadaw, reuniões tidas como esforços de encorajamento da transição democrática e da convivência pacífica entre os vários setores da sociedade.
Aos representantes religiosos, Francisco tinha deixado o convite a “edificar” o país com um esforço de reconciliação, “a única forma de construir a paz”.
A viagem prosseguiu, após um voo de cerca de duas horas, em Nay Pyi Taw, capital administrativa do país, onde se vai encontrar com o presidente da República, Htin Kyaw, e com a Conselheira de Estado e chefe de Governo, Aung San Suu Kyi, vencedora do prémio Nobel da Paz em 1991.
A cerimónia oficial de boas-vindas decorreu no Aeroporto Internacional de Nay Pyi Taw, onde o Papa foi acolhido por um ministro-delegado do presidente.
OC
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