Padre Geovane Saraiva*
O caminho da bondade e da humildade, em São José, contrapõe-se aos grandes do mundo, incapazes
de gerar esperança e de construir caminhos sólidos, sobretudo tendo como
destinatários os fracos e empobrecidos. Por mais que o ser humano seja
independente, autossuficiente e autônomo, Deus, na sua graça, quer entrar em sua
história, respondendo aos anseios dos homens de todos os tempos. São José, um
santo inigualavelmente grande, é declarado Patrono da Igreja Universal,
advogado dos lares cristãos e modelo dos operários, que nos inspire em nossa
realização neste mundo e no outro. Pouco sabemos sobre sua vida, mas ela foi um sinal fecundo de esperança, transmitida aos seguidores de Jesus através dos Evangelhos, o suficiente para destacar, de modo inaudito, a importância do Carpinteiro de Nazaré na história do povo Deus.
Voltemo-nos para São José, pensando na vida dos cristãos dos nossos tempos, por ocasião da Quaresma, ao se aproximar a Paixão de Jesus, sua morte e ressurreição, mistério de luminosa esperança para todos, ricos ou pobres, falando-nos da humildade na escuta e no diálogo com Deus, reconhecendo em São José a mão de Deus e seu amor pelo mundo. Que a festividade de São José, patrono da Igreja Universal, comemorado como padroeiro do Ceará, esposo puríssimo da mais elevada de todas as criaturas, convença-nos da mais absoluta certeza, livres e conscientes da salvação que nos é oferecida.
Que São José ilumine nossas
mentes, nas manifestações de Deus, nas quais se constata, enormemente, uma
realidade adversa ao seu projeto de amor, claro, somente a partir do amor
infinito de Deus, na entrega de seu filho unigênito, promessa por ele assimilada
na salvação da humanidade. Convencidas de que não há outro caminho seguro para
a humanidade, que não seja dentro do caminho do Cristo totalmente despojado na
cruz, que reside na fragilidade das 15 horas da Sexta-Feira da Paixão, todas
as pessoas, perplexas, são associadas à sua misteriosa entrega.
A missão de São José, servo bom e
fiel, também com o título de o último dos patriarcas, foi a de fixar, na mente
e no coração dos seguidores de seu filho, o estreito laço entre o Antigo e o
Novo Testamento. Na sua segura esperança, o compreendemos pela disponibilidade,
fazendo a vontade de Deus, ao aceitar o cumprimento das promessas divinas,
acolhendo-o como doce protetor e implorando o vosso socorro. Amém!
*Pároco de Santo Afonso e vice-presidente da Previdência
Sacerdotal, integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza - geovanesaraiva@gmail.com
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