sexta-feira, 5 de julho de 2019

'Culpa' pode ser das nuvens, diz ministra sobre aumento de 88% do desmatamento na Amazônia

Ruralista, ministra Tereza Cristina diz que Agricultura está analisando os dados.


Áreas desmatadas dão lugar a plantações de soja e pastos para criação de dados
Áreas desmatadas dão lugar a plantações de soja e pastos para criação de dados (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Em meio à euforia pelo acordo entre Mercosul e União Europeia, que tem um capítulo voltado para desenvolvimento sustentável e proteção ao meio ambiente, o aumento de 88% no desmatamento na Amazônia Legal brasileira registrado em junho (na comparação com 2018) pode se tornar um problema para o governo brasileiro. 
Ligada à bancada ruralista, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, diz que trata-se de “um número muito significativo para aparecer em um mês”e cita possíveis distorções (na comparação) nas imagens de satélite devido a menor quantidade de nuvens no período.
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Tereza Cristina avisa que a pasta está fazendo uma análise para saber o que o dado (do respeitado Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)) significa.
A ratificação do tratado entre Mercosul e União Europeia depende do aval do Parlamento Europeu, que registrou na última eleição um crescimento dos "Verdes", que representam o quarto maior grupo de parlamentares na nova legislatura.
O Inpe também explica que, em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e da resolução dos satélites, a comparação entre dados de diferentes meses e anos obtidos pelo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real DETER seja feita com cautela. Porém, reforça o DETER é um serviço de alerta de desmatamento e degradação florestal na Amazônia Legal baseado em dados de satélite de alta frequência de revisita.
“O DETER utiliza imagens dos sensores WFI/CBERS 4 e AWiFS/IRS que cobrem a Amazônia a cada 5 dias e possibilitam detectar polígonos de desmatamento com área maior que três hectares. Nem todos os desmatamentos são identificados devido à ocorrência de cobertura de nuvens. A alta disponibilidade das imagens utilizadas pelo DETER torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos”.
Confira os gráficos:
Redação Dom Total

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