Após o Brasil conquistar a Copa América, a imprensa conversadora registrou vaias a Jair Bolsonaro e deu o mesmo peso aos aplausos, quando o que se viu foi uma revolta estrondosa; enquanto a Globo escondeu a ira do público, a Veja, que perseguiu Lula e apoiou Bolsonaro, destacou o momento constrangedor do mandatário, assim como o Estadão

(Foto: Carolina Antunes/PR)
247 - A má governabilidade do presidente Jair Bolsonaro refletiu-se nas vaias que recebeu neste domingo (7) após o Brasil conquistar o título da Copa América ao vencer o Peru por 3x1. A imprensa conversadora registrou as vaias e deu o mesmo peso aos aplausos, quando o que se ouviu foi uma vaia estrondosa. Enquanto a TV Globo escondeu a revolta dos torcedores, a Veja, revista de direita que perseguiu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula e o PT por anos, foi incentivadora do golpe e apoiadora frenética de Bolsonaro, destacou o momento constrangedor do atual mandatário, que, segundo o Datafolha, tem a pior avaliação desde Fernando Collor. A ira do público com o chefe do Planalto também no jornal O Estado de S.Paulo.
De acordo com a matéria da versão online da revista, "convidado pela Confederação Sul-Americana de Futebol a participar da celebração, Bolsonaro foi quem vestiu a medalha de campeão no técnico Tite, que o cumprimentou fazendo uma reverência". "O presidente tentou um abraço mais efusivo, puxando o treinador pelo pescoço, mas não teve sucesso. O zagueiro Marquinhos sequer apertou a mão do presidente, passando reto pelo mandatário", destaca.
Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, "quando entrou no gramado com sua comitiva de ministros, o presidente foi recebido com vaias e aplausos - da tribuna de imprensa foi possível ouvir mais vaias, mas também houve muitos aplausos, que podem ter prevalecido de outros pontos do estádio".
Mas a reportagem também registrou: "Ao final da cerimônia, quando a comitiva caminhou pelo gramado rumo ao túnel de saída, as vaias foram praticamente unânimes".
Sem proposta para aumentar o nível de consumo e expansão do Produto Interno Bruto, o presidente se deparou com mais uma estatística negativa, pois, de acordo com o Datafolha, para 33%, o presidente faz um trabalho ótimo ou bom. Para 31%, regular, e para outros 33%, ruim ou péssimo (veja aqui).
Bolsonaro não consegue escapar nem mesmo dos registros da imprensa conservadora que demonstram um presidente mal articulado com a população, ao tentar cativar somente o público que o elegeu, e com jornalistas - não é à toa que ele prefere "investir" na comunicação viaTwitter e lives no Facebook.
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