Padre Geovane Saraiva*
Como filhos da luz e da terra, em meio à beleza dos ramos e das rosas a exalar perfumes, contendo também espinhos, somos convidados, não só a observar a beleza do mundo, mas também a observar a tarefa de recuperar a esperança, sem nunca se assombrar ou ter medo do que se encontra no seu entorno. A partir da lei do amor, ao exprimir só doçura na sua essência – no maior respeito, ternura e carinho que devemos ter pela vida de nossas mães –, urge perceber a estreita harmonia entre o primeiro, o quinto e o último mandamento, no agradecimento ao seu útero sagrado de mãe, por nos gerar como dom da vida.


Que a celebração deste treze de maio, em tempo de pandemia – coronavírus –, recordando as aparições de Fátima, envolva a humanidade, elevada e agradecida, de alma e coração aos céus, nas incontáveis manifestações de bondade do nosso Deus. Convençamo-nos de que a nova aliança, no vinho novo de outrora solicitado pela Mãe ao Filho, torna-se possível quando, a exemplo de Maria, se procura renovar os sonhos de esperança, na busca da restauração da pessoa humana, voltada para Deus e liberta de todas as solicitações do mal. Torna-se urgente o vinho novo: o de ter diante dos olhos e no coração o projeto de Deus na humanidade pacificada e reconciliada no amor.


Que Deus nos dê a graça, pelas aparições de Fátima, de sempre e mais nos associarmos ao mistério da encarnação, na melodia maravilhosa dos anjos, habitantes especiais, que povoaram os céus na noite santa do nascimento do Salvador da humanidade, reconhecendo a imensa grandeza de Deus, ao proclamar bem alto: "Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade" (cf. Lc 2, 13-14). Que nossa ação pela paz suba aos céus em oração, como pediu a Virgem de Fátima em suas aparições. Assim seja!
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