Militares do governo Bolsonaro já discutem sobre a necessidade de formar um "ministério de notáveis". Solução foi tentada por Fernando Collor, mas não salvou seu governo em 1992
19 de junho de 2020, 08:08 h Atualizado em 19 de junho de 2020
(Foto: Marcos Correa/PR | ABr)
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247 - O fracasso do governo Bolsonaro e o acelerado desgaste de sua imagem com a sucessão de conflitos com os demais poderes e escândalos envolvendo sua pessoa e seu clã estão levando os militares a discutir sobre a formação de um "ministério de notáveis". A mesma tentativa foi feita em 1992 para salvar o governo Fernando Collor, mas não foi suficiente para impedir sua queda.
Os generais que ocupam os postos mais importantes do Palácio do Planalto especulam sobre nomes que poderiam ser guindados ao primeiro escalão do governo com apoio político no Congresso Nacional, num plano com gosto de caserna.
Os militares sabem, no entanto que o principal obstáculo à realização de tais planos é Jair Bolsonaro, que sequer foi consultado sobre a ideia.
A expectativa dos generais palacianos é abrir uma nova janela de oportunidade para dar um "reset" no governo, de acordo com o jornalista Igor Gielow da Folha de S.Paulo.
O problema se complica ainda mais porque os militares se mostram dispostos a defender Jair Bolsonaro em seus embates com o Judiciário, mas não estão dispostos a manter tal apoio caso sejam comprovados elos ainda mais constrangedores entre o clã de Bolsonaro e o ex-assessor, investigado por sua relação com milícias e irregularidades.
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