O japonês Jiroemon Kimura, reconhecido pelo Guinness World Records como a pessoa mais velha do mundo, morreu aos 116 anos nesta quarta-feira (12) de causas naturais, informou a imprensa local.
Kimura morreu em um hospital de Kyotango – cidade da província de Kioto (oeste do país) na qual viveu ao longo de toda sua vida –, onde estava internado desde o último dia 11 de maio.
Após a morte de Kimura, Misao Okawa, uma mulher japonesa de 115 anos residente em Osaka, se transformou na pessoa mais velha do mundo, informaram hoje os escritórios do livro Guinness no Japão.
O japonês, que nasceu no seio de uma família de agricultores em 19 de abril de 1897, foi reconhecido como o homem mais velho do mundo pelo Guinness em abril de 2011. Em dezembro de 2012, chegou o reconhecimento como a pessoa mais velha do mundo após a morte da americana Dina Manfredini, aos 115 anos.
Segundo sua autobiografia, após terminar a escola primária, trabalhou em uma agência dos correios de sua cidade e depois se transferiu para a Coreia para trabalhar como funcionário de comunicações do governo do Japão, que colonizou a península coreana entre 1910 e 1945.
Após retornar ao Japão e se aposentar como funcionário dos correios, dedicou boa parte de seu tempo ao trabalho em sua horta até completar 100 anos.
Até poucos dias, continuava fazendo três refeições diárias, com uma dieta rica em arroz, batata-doce e abóbora.
O ancião, que presenciou o nascimento de seu 15º tataraneto há pouco tempo, tinha sete filhos – dos quais apenas cinco estão vivos –, 14 netos e 25 bisnetos.
Kimura, que vivia com a mulher de um de seus netos, de 60 anos, começou a sofrer com diversas complicações de saúde no final do ano passado.
O japonês celebrou no último dia 19 de abril seu 116º aniversário e contou com a felicitação do primeiro-ministro do país, Shinzo Abe, que lhe enviou uma gravação com uma mensagem para lhe dar os parabéns.
O Japão, um dos países com maior expectativa de vida do mundo, conta com cerca de 30 milhões de habitantes com mais de 65 anos, 24,1% do total de sua população.
Revista Época
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