O governo congolês concedeu autorizações para exploração de crude em 85 por cento dos 7.800 quilómetros quadrados que constituem o parque, reconhecido pela UNESCO como património da humanidade. Como uma das petrolíferas já anunciou que vai iniciar os reconhecimentos aéreos, a WWF criou uma petição online para que «os cidadãos de todo o mundo manifestem o seu repúdio» por este projeto.
Ao mesmo tempo, apresentou um estudo que revela que o espaço protegido tem potencial para criar «45 mil postos de trabalho permanentes» e gerar «830 milhões de euros anuais», caso se opte por um modelo de desenvolvimento sustentável, através do investimento em energia hidroelétrica, indústria pesqueira e ecoturismo.
Na opinião dos dirigentes da WWF, a exploração de petróleo no Virunga vai produzir «graves» impactos na região - como a contaminação dos aquíferos, instabilidade social, afastamento do ecoturismo - e afetar a comunidade de gorilas, de 700 espécies de aves, 109 de répteis e 78 de anfíbios. Pode ainda ter consequências «devastadoras» para as 5.000 pessoas das comunidades locais que dependem do parque para conseguir pescado, água potável e outras necessidades.
Fátima Missionária
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