Papa Francisco foi eleito na sexta votação, revela livro

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Cidade do Vaticano - O Papa Bergoglio não foi eleito na quinta votação, mas na sexta. Na tarde do dia 13 de março deste ano, um problema fez com que a quarta votação do dia, a quinta do conclave, que teve seu primeiro escrutínio na noite do dia 12 de março, fosse anulada.

É o que revela em seu novo livro "Francisco, vida y revolución" (editorial El Ateneo) a jornalista argentina Isabel Piqué, correspondente do jornal "La Nación". O que aconteceu? Após a quinta votação, na hora de abertura da urna que guardavam as fichas dos 115 cardeais eleitores, fechados no conclave, as fichas sempre foram contadas antes de serem lidos os nomes. E após a contagem havia 116, uma a mais. Provavelmente, o descuido foi de um dos cardeais que, sem perceber, depositou na urna duas fichas, a dele com o voto e outra, em branco, que ficou, sem ele perceber, grudada à primeira.
O problema formal fez com que essa votação fosse imediatamente anulada sem qualquer leitura das fichas, das quais, com toda probabilidade, teria saído eleito Bergoglio. Decidiu-se imediatamente fazer uma nova votação. O incidente não deve ter influenciado de modo algum os cardeais, visto que ninguém sabia qual teria sido o resultado da votação com uma ficha a mais.
Na sexta votação, mas no quinto escrutínio, o cardeal arcebispo de Buenos Aires foi eleito com uma maioria muito superior ao quorum necessário dos 77 votos previstos. E chegou a fumaça branca e aquele primeiro "Boa Noite" do Papa Francesco. O livro de Isabel Pique será em breve traduzido para o italiano pela casa editora Lindau.

SIR