A estas dificuldades junta-se o fraco poder econômico dos maridos, uma das razões para o aumento dos divórcios. Porém, no caso de coreanas casadas com estrangeiros, o número destes casamentos tem registado um aumento significativo. Segundo a agência Estatísticas Coreia, a queda no número de casamentos entre homens coreanos e mulheres estrangeiras tem também a ver com as restrições mais rígidas impostas às agências de casamentos inter-raciais nos países de onde as mulheres são provenientes.
O Camboja chegou a cortar relações com a Coreia há uns anos, após as autoridades terem desmantelado uma rede de agências de casamentos internacionais através das quais homens coreanos literalmente compravam uma mulher. Mais: em 2008 proibiu a saída de mulheres locais para a Coreia e em 2011 vetou o acesso de tais mulheres a homens com mais de 50 anos. Entre os problemas que a grande maioria destas mulheres enfrenta estão a violência doméstica e a ignorância recíproca relativa à cultura de ambos por parte do casal.
Nos últimos anos, este problema tem sido objeto de interesse nacional, por causa de casos extremos de violência doméstica e de discriminação das crianças inter-raciais no ambiente escolar. Dos casos mais extremos, que resultaram na morte de mulheres vietnamitas, os mais badalados ocorreram em 2007, em 2010 (o marido tinha problemas de saúde mental) e em 2011.
O próprio presidente Lee Myon-bak pediu perdão em nome da nação às autoridades do Vietnam. As autoridades têm criado vários centros de formação de imigrantes e seus filhos, sobretudo em zonas rurais, onde reside a maior parte dos homens que casam com estrangeiras, muitas vezes com diferenças de idade bastante significativas.
Fátima Missionária
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