O partido do primeiro-ministro Passos Coelho não aceita que representante da Associação 25 de Abril, entidade que reúne os militares portugueses que, em 25 de abril de 1974, tiveram papel decisivo no derrube da ditadura fascista e no fim do colonialismo, discurse no evento oficial do parlamento português.
Lisboa - A bancada parlamentar do PSD, o partido do primeiro-ministro Passos Coelho, não aceita que representante da Associação 25 de Abril, entidade que reúne os militares portugueses que, em 25 de abril de 1974, tiveram papel decisivo no derrube da ditadura fascista e no fim do colonialismo, discurse no evento oficial do parlamento português que vai assinalar o 40. aniversário da revolução.
Os "militares de Abril" deram a conhecer à Assembleia da República que só estariam na cerimónia oficial se um seu representante puder discursar.
Os dirigentes parlamentares do PSD afirmam, entretanto, que não querem a Associação 25 de Abril a discursar na Assembleia da República. "Só vai quem quer", disse o parlamentar Nuno Encarnação, do PSD.
Também o CDS, coligado ao PSD no governo, qualificou de "inusitado" o pedido da Associação 25 de Abril.
Já o presidente da associação, Vasco Lourenço, disse hoje à rádio TSF que vai aguardar a decisão da Assembleia da República, que deverá ser conhecida na próxima conferência de líderes dos grupos parlamentares.
Um estudo do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, publicado pelo jornal Expresso, sobre a forma como os portugueses veem hoje o regime ditatorial de Salazar e Marcelo Caeteno, derrubado há 40 anos, mostra que o 25 de Abril é considerado a data mais importante da História do país por 59% dos portugueses.
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